O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que é necessário resgatar os símbolos cristãos para celebrar o Natal, superando a dimensão comercial.
“(O presépio) é uma maneira genuína de comunicar o Evangelho, num mundo que às vezes parece ter medo de lembrar o que realmente é o Natal e elimina os sinais cristãos para manter apenas os de um imaginário comercial e banal”, declarou, numa audiência às delegações das regiões que este ano oferecem o presépio e a árvore de Natal da Praça São Pedro.
As ofertas chegaram províncias italianas de Trento, Vicenza e de Treviso, no norte do país, atingidas por calamidades naturais no outono de 2018, que deixaram um rasto de destruição.
Francisco manifestou o seu agradecimento e apreço pela decisão de replantar 40 abetos para substituir as plantas destinadas ao Vaticano – além da árvore principal, com mais de 25 metros, colocada na Praça, chegam outras árvores que enfeitam várias salas dos espaços da Cúria Romana e outros organismos da Santa Sé.
“O abeto vermelho doado representa um sinal de esperança especialmente para as vossas florestas, de modo que possam ser depuradas e dar início, assim, à obra de reflorestamento”, indicou o Papa.
A audiência aconteceu no dia da inauguração do presépio e da árvore de Natal na Praça São Pedro, que vão ser admirados por milhares de visitantes e peregrinos ao longo das próximas semanas.
Em 2019, o presépio – com 23 personagens em tamanho real – é executado quase na sua totalidade em madeira, proveniente das regiões atingidas por enchentes.
Segundo o Papa, esta escolha sublinha a “precariedade” que a Sagrada Família viveu em Belém, aquando do nascimento de Jesus.
No último domingo, início do tempo litúrgico do Advento, que prepara o Natal no calendário católico, Francisco visitou a localidade italiana de Greccio para publicar uma carta sobre o significado do presépio.
(Com Ecclesia)