Iniciativa reúne algumas capas do Senhor Santo Cristo, gravuras e outros objetos devocionais deste culto açoriano
“Ecce Homo – A devoção de um povo” é o título de uma exposição promovida pelo Cabido da Sé de Angra, com a colaboração do Seminário Episcopal de Angra e Museu de Angra, para assinalar os 60 anos da elevação da Igreja de Nossa Senhora da Esperança a Santuário Diocesano do Senhor Santo Cristo dos Milagres.
A exposição, que decorrerá no Seminário Episcopal de Angra, tem inauguração marcada para o dia 22 de novembro, pelas 18h00, e reúne todo um acervo relacionado com esta devoção, uma das marcas da religiosidade popular açoriana, integrando algumas das Capas mais emblemáticas que cobrem a imagem que sai em procissão todos os anos pelas ruas de Ponta Delgada. Entre as capas expostas o destaque vai para a capa oferecida por D. Maria de Áustria, mulher de D. João V (1706-1750), com o propósito da imagem ter uma capa feita do mesmo brocado de que era feito o manto real do seu esposo, como era desejo do monarca. A exposição contempla ainda Registos, muitos deles particulares, e Gravuras do Senhor Santo Cristo, entre outras peças que pretendem mostrar as diversas manifestações de fé e religiosidade do povo açoriano ao Senhor Santo Cristo dos Milagres.
A exposição abrirá com uma conferência sobre esta manifestação de religiosidade popular por parte do Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo, Cónego Adriano Borges.
Esta mostra, que encerra o programa festivo promovido e dinamizado pelo Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres para assinalar a efeméride das suas bodas de diamante, será visitável de 2.ª a 6.ª feira, das 9h às 12h e as 14h às 17h até ao dia 20 de dezembro.
“É uma exposição significativa no ano em que arranca em toda a diocese a dinâmica do Caminho Sinodal. Recorde-se que a Diocese foi a primeira experiência de união arquipelágica, tal como também aconteceu com o culto ao Senhor Santo Cristo, espalhado praticamente por todas as ilhas e diáspora. É também significativo o local de acolhimento da exposição comemorativa pela grande ligação que o Seminário Episcopal de Angra estabelece com o Santuário Diocesano” refere uma nota do Cabido Catedralício enviada ao Igreja Açores.
A entrada é livre.