Sessão solene tem lugar no Seminário Episcopal no próximo dia 13 de novembro
O recenseamento do serviço, elencando o número de catequistas e de catequisandos em toda a diocese, e a promoção de uma catequese festiva com sabor a Jesus Cristo são dois dos desafios que o Serviço de Evangelização Catequese e Missão da diocese de Angra coloca no ano em que está a celebrar o 60º aniversário da sua fundação.
A sessão solene vai ter lugar no próximo dia 13 de novembro, com a participação do Vigário Geral da diocese, cónego Hélder Fonseca Mendes e de Monsenhor José Constância e de Cristina Sá Carvalho, diretor do Instituto Católico de Cultura e diretora do Secretariado Nacional de Catequese, respetivamente.
O objetivo deste encontro é percorrer a história do serviço e, ao mesmo tempo, delinear os seus desafios.
“Hoje é muito diferente a catequese desde logo porque as crianças e as suas preocupações são outras” mas também porque os protagonistas do lado pedagógico são leigos, afirma ao Igreja Açores Monsenhor José Constância que será um dos oradores da noite na sessão solene no Seminário Episcopal de Angra, a partir das 20h30.
O sacerdote lembra a importância deste serviço e sublinha que o momento que a diocese vive, de caminhada sinodal, é “propicio a esta comemoração”.
“O convite que nos é lançado pela diocese é caminharmos juntos em Igreja, numa relação entre Igreja e o mundo, e isso é fundamental neste serviço” refere o sacerdote que é também cónego capitular da Sé.
“Antes a catequese estava muito clericalizada pois eram os priores que assumiam localmente a catequese. Desde há sessenta anos falamos de mudança de paradigma e são os leigos que ensinam” reconhece o sacerdote.
Por outro lado, adianta, “a catequese está ligada à estrutura social e, por isso, numa altura em que caminhamos juntos em Cristo também temos de ir irmanados nas várias dimensões pastorais, de que a catequese é um exemplo”. Acresce, ainda, segundo Monsenhor José Constância “os próprios jovens colocam-nos desafios novos e nós temos de encontrar as estratégias mais adequadas, seja recorrendo às redes sociais seja promovendo atividades diferentes, de ser capazes de chegar até eles e despertá-los para um compromisso mais duradoiro e proveitoso”.
“Estou convencido que temos de preparar e viver com o futuro numa catequese alegre, festiva e digital, ao sabor de Jesus Cristo” esclarece.
O Serviço prepara agora um recenseamento que permita perceber quantos catequisandos e catequistas existem no terreno. Para já este é um trabalho previsto para 2020; até lá ficam apenas percepções.
“Dos vários périplos que tenho feito tenho a convicção de que somos menos e sobretudo menos na catequese que nas aulas de Educação Moral e Religiosa Católica nas escolas” referiu ao Igreja Açores o diretor do Serviço Diocesano, Pe. Jacob Vasconcelos.
“A catequese é o pilar estrutural de uma diocese e em Angra não é excepção” refere o jovem sacerdote que tem procurando dinamizar em todas as ilhas formação adequada para os catequistas.
“E Ela é muito necessária” refere Ana Lima, que há 40 anos é catequista.
“Hoje temos de estar muito atentos e a conquista faz-se pela humildade” refere Ana Lima.
“Não vale a pena inventar; os rapazes colocam questões sérias e profundas e quando não sabemos temos de o admitir. Antes isso a proferir afirmações incorretas” refere.
Laura Borges , enfermeira, dedica-se às crianças do terceiro ano. Disponibilidade e exigência são duas traves mestras para este novo tempo. “Temos de ser criativos; não podemos ensinar como os senhores padres faziam e isso é muito exigente mas também muitíssimo mais exigente, refere.
A entrada na sessão solene comemorativa dos 60 anos deste serviço é livre .