Campos de férias católicos nos Açores ocupam crianças de diferentes idades em São Miguel e na Terceira

A nível nacional estas ocupações de verão já chegam a 5 mil pessoas

Ligados a colégios, a congregações religiosas e Atl´s dos centros paroquiais, os campos de férias, iniciativas dirigidas para crianças e adolescentes, em períodos de pausa escolar, cresceram tanto nos últimos anos que constituem uma opção determinante para os pais durante o verão.

As propostas nos Açores são cada vez mais e diversificadas. Em Ponta Delgada, o Colégio de São Francisco Xavier, da congregação das Irmãs de São José de Cluny, organiza campos até dia 31 de julho para todas as idades, dos 3 aos 12 anos.

As atividades, privilegiando sempre o ar livre e o contacto com a natureza, levam as crianças também a visitar instituições e espaços de cultura, com o objetivo de fomentar também uma noção exata do contexto que as envolve.

Também no Colégio de Santa Clara, na ilha Terceira, escola gerida pelas Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição, o verão não vai dar tréguas com campos para todos os gostos, sobretudo para as crianças em idade do pré escolar. O Colégio não fecha durante o verão e as crianças encontram aqui muitas ofertas, centradas em quatro áreas de interesse: ciência, cultura, natureza e desporto, com idas ao Centro de Ciência, Museus, Bibliotecas, passeios pedestres, atividades desportivas e praia.

De acordo com a Rádio Renascença, os campos de férias católicos têm vindo a multiplicar-se pelo país- este ano totalizam 110- mas não havia nenhuma organização que os agregasse.

“A Rede de Campos de Férias (RCF) surgiu precisamente para colmatar esta falha, porque acreditamos na importância da partilha de experiências”, afirmou à emissora católica Marta Ramalho, responsável pela comunicação do organismo que nasceu em 2015.

Só este ano estão previstas 110 iniciativas deste tipo, abrangendo cada uma cerca de 50 crianças e adolescentes. “Contando com os animadores e com os padres estamos a falar de um universo que ronda as cinco mil pessoas”, acrescenta aquela responsável.

“Todos os anos há campos novos, miúdos novos e animadores novos. Posso dizer que 50% dos 44 movimentos existentes atualmente têm menos de 10 anos”. E esclarece: “quando falo de movimentos refiro-me à diversidade de campos. Alguns estão associados a paróquias e outros a movimentos e associações”. Outros nasceram em núcleos de estudantes católicos universitários.

Ao longo de uma semana, ou alguns dias, as crianças e adolescentes têm oportunidade de fazer jogos e atividades, mas também de rezar e aprofundar a fé. Em todos os campos há um sacerdote, além dos animadores que os acompanham, por norma jovens. Além do sentido de pertença a um grupo, esta é uma oportunidade também para os participantes “verem como os animadores mais velhos vivem a alegria do Evangelho”, explica ainda Marta Ramalho, que não tem dúvidas: “quando um miúdo vê isso, é meio caminho para se manter na fé”.

De acordo a mesma responsável, como há vários campos de férias com filas de espera nas inscrições, uma das missões da rede é “redistribuir ao máximo os participantes”, para que todos tenham vaga.

(Com RR)

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