Iniciativa decorre nas ilhas Terceira e Faial
A Cáritas Diocesana vai assinalar o Dia Internacional da Caridade, que se celebra esta sexta feira, com uma campanha de recolha de material escolar denominada “É capaz de lhes dizer que não?” que se prolonga até sábado nos hipermercados Continente da Praia da Vitória, Angra do Heroísmo e Horta.
Numa note de imprensa da instituição católica nos Açores a que a Igreja Açores teve acesso esta quinta feira, o Secretariado Diocesano da Cáritas lembra que a pobreza “é uma tendência global” que nos Açores “não é o desemprego, os salários baixos, trabalho precário e o endividamento têm gerado um aumento gradual e significativo do número de famílias em situação de fragilidade económica”.
Durante este ano, recorreram à Cáritas da Terceira e São Miguel 450 novas famílias, e foram realizados 2155 atendimentos.
Por isso “a caridade assume cada vez mais um papel preponderante na ajuda aos mais vulneráveis”, sublinha a nota da Cáritas, que faz o enquadramento da data que se assinala amanhã e que coincide com o aniversário da morte da Madre Teresa de Calcutá, fundadora da Congregação “ Missionarias da Caridade” e que dedicou toda a sua vida aos mais pobres.
O Dia Internacional da Caridade foi proclamado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 2012 que quis, desta forma, “reconhecer o papel fundamental das instituições, governos e pessoas que praticam a caridade e aliviam as crises humanitárias e o sofrimento humano.”
“Neste momento uma das grandes preocupações da Cáritas é lutar por uma sociedade mais justa, fomentando a participação de todos, ou seja não só daqueles que são atingidos por qualquer forma de pobreza ou exclusão social, mas de toda a sociedade civil, sensibilizando-a para uma participação ativa na luta contra a pobreza e exclusão social, existem ações que podem fazer toda a diferença”, refere ainda a nota de imprensa.
A nível nacional o dia vai ser celebrado de “Portas Abertas”, dando a conhecer o trabalho da instituição.
Em declarações à Agência Ecclesia, o Presidente da Direção Nacional da Cáritas alerta para a necessidade de se perceber o enquadramento e o significado da palavra caridade, uma expressão que não recolhe grande “estimaporque a imagem que têm da ação que lhe está subjacente não corresponde aquilo que é de facto amar”, diz Eugénio Fonseca
“A culpa não é das pessoas que não gostam da palavra, mas será nossa, que muitas vezes não praticamos de verdade e na verdade a caridade”, acrescentou.