Quinzena vocacional de 4 a 18 de Maio decorre sob o lema “Vocações Testemunho de Verdade” inspirada na mensagem do Papa Francisco.
A Diocese de Angra vai assinalar o 51º dia mundial da Oração pelas Vocações, no próximo dia 11 de maio, dia do Bom Pastor, com a ordenação de dois diáconos e a instituição nos ministérios laicais de dois seminaristas do quinto ano.
Na cerimónia que vai decorrer na Sé de Angra, a partir das 18h00, serão ordenados diáconos os seminaristas do 6º ano, Bruno Espínola (Guadalupe, Graciosa) e Rúben Pacheco (Maia, S. Miguel) e instituídos nos ministérios laicais os seminaristas do 5º ano, Gaspar Pimentel (Achada, S. Miguel) e Pedro Aguiar (Lajes, Pico).
Na Véspera deste dia será realizada uma Vigília de Oração pelas Vocações
pelas 21.00, na Paróquia de S. Pedro da Ribeirinha,
na ilha Terceira, que será aberta a todos os grupos de jovens da ilha.
O reitor do Seminário Episcopal de Angra, Pe Hélder Miranda Alexandre, destaca a importância “da oração e do testemunho” para “despertar vocações” e pede a toda a diocese que “se empenhe nessa tarefa”.
O seminário conta, neste momento, com 16 alunos, ainda assim “a situação é melhor que a das vocações religiosas” adianta o responsável pelo Seminário.
Na mensagem para o 51º Dia Mundial de Oração pelas vocações (o quarto domingo de Páscoa), o Papa Francisco apela à oração “pelo aumento do número daqueles que estão ao serviço do reino de Deus”, lembrando que a “messe é grande mas os trabalhadores são poucos”.
“Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele”, refere o Santo Padre.
“Embora na pluralidade das estradas, toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho” diz o Papa lembrando que “quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus”.
“Dirijo-me àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras “, diz o Sumo Pontifice.
“A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno”, conclui o Santo Padre.
Francisco, sublinha ainda a importância de viver esta vida “indo contra a corrente”, vencendo obstáculos “fora e dentro de nós”.
“Mas a verdadeira alegria dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes”.
E deixa uma palavra final para toda a comunidade eclesial.
“A vós, Bispos, sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs, peço que orienteis a pastoral vocacional nesta direção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja”, conclui o Papa Francisco relembrando as palavras do Santo João Paulo II.