Francisco pede orações pelo encontro de presidentes de conferências episcopais, dedicado à proteção dos menores
O Papa destacou hoje no Vaticano a importância da inédita cimeira sobre abusos sexuais e proteção de menores, na Igreja Católica, com início marcado para quinta-feira.
“Convido a rezar por este encontro, que quis convocar como ato de forte responsabilidade pastoral, diante de um desafio urgente do nosso tempo”, disse, desde a janela do apartamento pontifício.
Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação do ângelus, Francisco recordou que o encontro de presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo, “sobre o tema da proteção de menores na Igreja”, vai decorrer de 21 a 24 de fevereiro.
No último dia 28 de janeiro, o Papa disse que a prioridade do encontro é uma tomada de consciência sobre este “sofrimento terrível” e responder a dúvidas que têm surgido neste campo.
“Percebemos que alguns bispos não percebiam bem, não sabiam o que fazer”, observou o Papa, recordando um encontro com o seu conselho consultivo de cardeais, o chamado ‘C9’.
Neste contexto, acrescentou, surgiu a ideia de “dar uma ‘catequese’ sobre este problema às conferências episcopais”.
A Santa Sé está a trabalhar na elaboração de “programas gerais”, com “protocolos claros”, para que cheguem a todas as conferencias episcopais, precisando “o que deve fazer o bispo, o arcebispo metropolita, o presidente da conferência episcopal”.
O programa da cimeira, adiantou o Papa, inclui momentos de oração, testemunhos de vítimas e liturgias penitenciais para “pedir perdão”.
O padre Padre Hans Zollner, presidente do Centro para a Proteção de Menores da Universidade Pontifícia Gregoriana e membro da comissão organizadora do evento, disse aos jornalistas que durante o encontro “serão discutidas as responsabilidades pastorais e jurídicas do bispo” e o “tema da transparência”.
“Transparência interna, naturalmente, mas também para com as autoridades estatais e com todo o povo de Deus”, acrescentou.
(Com Ecclesia)