Bispo de Angra celebra Vigília na Catedral e apela aos açorianos para “ressuscitarem” como cristãos.
Os cristãos açorianos devem aproveitar a noite “bendita” para “despertarem para uma nova vida” disse o Bispo de Angra esta noite, durante a celebração da Vigília Pascal, realizada na Sé de Angra.
“A ressurreição é um despertar para a vida, um nascer de novo, com um novo compromisso em que todos são convidados a espalhar o evangelho”, lembrou o Prelado Diocesano.
Por isso, na noite mais importante da liturgia da igreja católica, “mais que a noite de Natal”, D. António de Sousa Braga pediu aos católicos açorianos que aproveitem a oportunidade para renovarem as suas promessas batismais.
“É preciso que cada um renove as suas promessas, reassumindo de novo o propósito de orientar a sua vida para o bem, evitando o mal e tudo o que escraviza o ser humano”, refere o responsável pela igreja nos Açores.
“A ressurreição não diz respeito só a Jesus. É uma realidade que toca a vida de cada cristão e toda a história da humanidade”. Por isso, conclui o Prelado Diocesano, é preciso que cada cristão faça o que Jesus fez: parta ao encontro do outro, como ele fez com as mulheres que choravam a sua morte, e explique, como a ressurreição significa uma nova vida.
“Hoje como ontem é decisivo este encontro pessoal com Jesus pois só podemos anunciar que Cristo está vivo e atuante no meio de nós, na medida em que testemunhamos a vivência pessoal desse encontro”, lembrou D. António sublinhando a ideia de que “só conseguimos transmitir aquilo que vivemos”.
A Vigília Pascal é “a mãe” de todas as vigílias e representa o “coração” do ano litúrgico. Trata-se de uma “noite clara”, ou melhor «a noite que brilha como o dia e a escuridão é clara como a luz»
Na noite, em que Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos a reunirem-se em vigília e oração, naquela que é a noite da Páscoa, «na qual a Igreja espera em vigília a Ressurreição de Cristo e a celebra nos sacramentos».
A celebração da Vigília pascal articula-se em quatro partes: a liturgia da luz ou “lucernário” que abençoa o fogo; a liturgia da Palavra, que propõe sete leituras do Antigo testamento, que recordam as maravilhas de Deus na história da salvação e duas do Novo, ou seja, o anúncio da Ressurreição segundo os três Evangelhos sinópticos, e a leitura apostólica sobre o Batismo cristão como sacramento da Páscoa de Cristo; a liturgia batismal que é parte integrante da celebração e a liturgia eucarística que é o momento culminante da Vigília, sacramento pleno da Páscoa, isto é, a memória do sacrifício da Cruz, “a presença de Cristo Ressuscitado, o ápice da Iniciação cristã e o antegozo da Páscoa eterna”.