Carlos Faria e Maia sublinha importância destas festas em Ponta Delgada
O provedor da Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres, Carlos Faria e Maia, espera que as festas “corram bem, como sempre”.
Em declarações ao Igreja Açores, o responsável pela Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que este ano celebra 253 anos de existência, afirma que se trata de uma “grande responsabilidade” organizar estas festas “que envolvem toda a população de Ponta Delgada” entre jovens e idosos.
A Irmandade além de ter a responsabilidade de ornamentação e gestão de todo o espaço envolvente ao Santuário, durante os dias da Festa, é também a guardião da imagem desde o sábado à tarde até ao domingo à noite, depois da procissão.
“É uma honra mas também uma enorme responsabilidade” refere o Provedor da Mesa da Irmandade que conta com cerca de 500 irmãos embora dos sete grupos constituídos para o transporte do andor com a Imagem, as forcas e as lanternas sejam apenas 90 os envolvidos.
“Esperamos sempre que as coisas corram da melhor maneira e este ano haverá uma novidade com o sermão a ser proferido no adro da igreja em vez de ser na Igreja para que o maior número de peregrinos possa assistir”, referiu.
Este ano quer o campo quer a própria fachada do Convento têm mais iluminação. De acordo com a empresa organizadora das decorações serão cerca de 165mil lâmpadas que têm motivos alusivos à festa.
Além da iluminação “cada vez mais profissionalizada” e cujos enfeites a Irmandade está a equacionar alterar, Carlos faria e Maia fala dos tapetes de flores que, pelo terceiro ano consecutivo, vão ser feitos por alunos da catequese e jovens das escolas de Ponta Delgada.
“O envolvimento da comunidade é importante” refere o Provedor.
A Irmandade do Senhor Santo Cristo foi fundada em abril de 1765 e desde essa data é a principal responsável pela organização das maiores festas religiosas dos Açores, que arrancam hoje em Ponta Delgada, em Honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres, um culto que leva mais de 300 anos a ser celebrado em São Miguel.
A Irmandade nasceu por iniciativa do Comandante Geral da Ilha de São Miguel, sargento-mor António Borges Bettencourt e ficou encarregue de todos os anos organizar a procissão solene e hoje além dessa procissão iniciada pela Madre Teresa da Anunciada, é também responsável pela mudança da imagem, missa campal, iluminação decorativa e arraial popular.
A Irmandade é uma associação de fiéis, de fins não lucrativos, constituída na ordem jurídica canónica, sedeada no Convento da Esperança, reconhecida como instituição particular de solidariedade social. Tem por objeto praticar a solidariedade, especialmente no apoio à família, e realizar atos de culto ao Senhor Santo Cristo, ainda hoje, como há 250 anos.
A Irmandade foi distinguida com uma insígnia autonómica em 2015, pela Assembleia Legislativa dos Açores.