A palavra chave na igreja é servir, diz D. José Bettencourt

O futuro Núncio na Geórgia e na Arménia passou grande parte de terça feira no Seminário Episcopal de Angra

Um  encontro com a comunidade educativa do Seminário de Angra e uma missa na Capela da Natividade preencheram uma boa parte do dia de D. José Avelino Bettencourt que se encontra de visita aos Açores depois da sua ordenação episcopal e da nomeação como representante diplomático da Santa Sé.

“Estar convosco é tocar na alma da diocese” disse o prelado na homilia da missa a que presidiu na Capela da Natividade.

Dirigindo-se diretamente aos seminaristas desafiou-os a aproveitarem este tempo no Seminário porque “é um tempo abençoado”, em que além das ferramentas intelectuais e culturais dão os passos importantes para a formação integral.

“É aqui que dão os primeiros passos aqueles que querem liderar a diocese. Esta é uma casa reservada ao estudo e à reflexão que cumpre a grande tradição da igreja  que é formar uma pessoa inteira” disse o bispo D. José Bettecourt.

Referindo-se à sociedade de hoje e ao desejo permanente de um diálogo entre a igreja e o mundo, D. José Avelino Bettencourt que se auto definiu como uma vocação tardia (entrou no seminário já com 26 anos), destacou que o saber é importante mas trilhar o caminho da santidade é bem mais desafiador.

“Este tempo de seminário é um tempo abençoado, porque adquirem a ferramenta académica para depois utilizarem em tantos e diferentes momentos na vida” acrescenta desafiando os seminaristas a não perder de vista as noções de serviço e missão.

“O sentido da missão é fundamental; este é um serviço que somos chamados a prestar;  não há nada a temer,  temos é que confiar” afirmou o prelado em jeito de interpelação aos seminaristas.

“Não devemos procurar o nosso conforto mas sim servir”, precisou lembrando que esta “é a palavra-chave”.

D. José Bettencourt falou ainda com os seminaristas sobre o ministério do sucessor de Pedro, da cúria romana e das reformas que o Papa Francisco está a implementar, da juventude e da vocação.

“O que se faz na vida tem que se fazer com entusiasmo e grande boa vontade” referiu lembrando as famílias que não devem desincentivar os filhos a prosseguirem uma vida religiosa.

“Sempre que há um desejo de servir a igreja seja na vida religiosa seja na sacerdotal devemos aprofundar esta possibilidade” disse destacando que ”não há vida nenhuma que não tenha os seus desafios e esta opção de ser religioso ou sacerdote é uma opção muito válida”, disse ainda.

Questionado à margem destes dois momentos pelo Sítio Igreja Açores D. José Avelino Bettencourt, natural das Velas de São Jorge, agradeceu o acolhimento que tem sido feito na diocese, em especial ao bispo D. João Lavrador, com quem se irá encontrar apenas na reta final do seu périplo, na ilha do Pico, na próxima sexta feira.

“Sinto uma força enorme do povo que me encoraja. Há pessoas muito entusiasmadas e interpelam-me, felicitam-me e isso é muito gratificante e era algo com que eu não contava” esclareceu ao Igreja Açores.

“Não esperava… foi mais forte… vinha com intenção de abraçar mas não tinha a mínima ideia do que poderia acontecer e o que tem acontecido é algo muito bonito”, conclui.

Já ontem, D. José Bettencourt apresentou cumprimentos ao presidente da Câmara de Angra, Álamo Menezes, e ao Representante da Republica para os Açores, embaixador Pedro Catarino.

(Com André Furtado)

 

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