Homilia da Missa na Capela de Santa Marta analisou as caraterísticas dos pastores no seguimento de Jesus
O Papa Francisco afirmou na homilia da Missa de hoje, no Vaticano, que os sacerdotes e os bispos devem marcar o seu trabalho pela “proximidade e ternura”.
“O pastor é ungido com óleo no dia de sua ordenação: sacerdotal e episcopal. Mas o verdadeiro óleo, o interior, é o óleo da proximidade e da ternura”, disse o Papa.
Para Francisco, “o pastor que não se sabe fazer próximo, falta-lhe alguma coisa” e pode ser “dono”, “mas não é um pastor”.
“Um pastor ao qual falta a ternura, será um rígido, que bate nas ovelhas”, acrescentou o Papa, indicando a “proximidade e ternura” como atitudes de todos os pastores, à semelhança de Jesus.
Francisco comentava na homilia da Missa desta terça-feira, na Capela da Casa de Santa Marta, no Vaticano, o capítulo quinto do Evangelho de Marcos, onde são narradas duas curas de Jesus, nomeadamente uma mulher que O tocou no meio de uma multidão.
De acordo com o portal informativo do Vaticano, o Papa lembrou que o verbo “tocar” aparece na narração por cinco vezes e disse que a mesma atitude deve marcar a ação dos pastores na atualidade, nomeadamente durante as visitas pastorais, que devem acontecer “no meio do povo”.
“Jesus não abre um escritório de aconselhamento espiritual com um cartaz ‘O profeta recebe segunda, quarta e sexta das 3 às 6. A entrada custa tanto ou, se quiserem, podem deixar uma oferta’”, afirmou.
“Jesus não faz assim. Jesus tampouco abriu um consultório médico com o cartaz ‘Os doentes devem vir tal dia, tal dia, tal dia e serão curados’. Jesus lança-se para o meio do povo”, acrescentou o Papa.
“Rezemos pelos nossos pastores, para que o Senhor lhes dê esta graça de caminhar com o povo, estar presentes em meio ao povo com tanta ternura, com tanta proximidade”, concluiu o Papa.
(Com Ecclesia)