Sacerdotes convidados para as pregações coincidem no pedido à proteção da Senhora de Lurdes neste “momento difícil” para a humanidade
Os tempos “são difíceis” e exigem “um milagre de Jesus e a intervenção de Maria”, disse O Padre António Rego, um dos dois sacerdotes convidados para as festas de Nossa Senhora de Lurdes nas Capelas, que terminaram esta quarta feira à noite, depois do sermão da despedida da imagem, colocada no adro da Igreja Matriz das Capelas.
O sacerdote, que fez a pregação na Missa solene da festa, no passado domingo, referiu-se aos vários conflitos existentes no mundo – as tensões entre a Rússia e a Ucrânia, o conflito israelo-palestiniano, as perseguições aos cristãos no Iraque- , sublinhando que “vivemos num tempo perigoso” e o mundo “não está seguro”. Por isso, “precisamos da intervenção de Maria, para que interceda junto de Jesus para que faça o milagre de não abandonar os que veem desperdiçado o banquete da vida”.
O Pe António Rego, que celebrou recentemente nesta mesma igreja as suas bodas de ouro sacerdotais, deixou uma palavra de conforto para os mais necessitados – “pobres, iodosos e doentes”- pedindo a toda a comunidade que não os abandone.
O sacerdote lembrou, ainda, a importância e as semelhanças entre o culto a Nossa Senhora de Lurdes e a Nossa Senhora de Fátima, sobretudo no que diz respeito às circunstâncias que lhes deram origem.
“Em ambos os casos estamos perante um pedido insistente de oração e penitência” a que o “povo adere” numa “afirmação pública incontestável de fé, alimentada por uma espiritualidade mais ou menos lúcida”, ainda que “com alguns elementos híbridos ou pastoralmente imperfeitos” mas que são expressos com “uma enorme determinação e devoção”.
As festas em honra de Nossa Senhora de Lurdes nas Capelas, na costa norte da ilha de São Miguel, realizaram-se entre 25 e 30 de julho, associando atividades religiosas e culturais.
Do ponto de vista religioso existiram três momentos altos na antiga vila baleeira: no sábado, a recolha dos andores; no domingo a missa solene presidida pelo pároco Hélio Soares e concelebrada pelo Pe António Rego, seguida da procissão, cuja pregação ficou a cargo do Pe Jorge Ferreira e, esta noite, a recolha da imagem, com sermão de despedida feito pelo responsável pela paróquia.
O Grupo Coral e a Filarmónica União dos Amigos das Capelas executaram, em separado, o hino a Nossa Senhora de Lurdes.