O jovem sacerdote estudo Teologia Dogmática na Universidade Gregoriana desde setembro
O Pe. Pedro Lima, o primeiro sacerdote a ser ordenado por D. João Lavrador na diocese de Angra, está em Roma desde setembro e considera que estar fisicamente próximo do papa Francisco é uma bênção.
“Para mim o Papa Francisco constitui um enorme desafio pelas propostas e pelo testemunho que dá e estar em Roma é estar mais próximo disso” referiu numa entrevista ao Igreja Açores.
O sacerdote, que estuda Teologia Dogmática na Pontificia Universidade Gregoriana de Roma, esteve nos Açores para passar o Natal em família e “matar saudades”.
Um ano depois de ter servido como vigário paroquial no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Angra do Heroísmo, o jovem sacerdote do Faial rumou até à cidade eterna para completar o segundo ciclo do curso de Teologia.
“Foi uma surpresa pois pensaria que iria estar mais algum tempo ao serviço da igreja local” disse o sacerdote sublinhando o gosto que tem pelo trabalho na paróquia.
“Gosto da vida pastoral, gosto de estar na paróquia mas olho para este desafio como mais uma vocação: estudar, formar-me e regressar para melhor servir”, refere o Pe. Pedro Lima.
“Na paróquia amadurece-se com o sofrimento das pessoas, com experiências que nos batem à porta e ganhamos uma nova visão do que é ser padre, do que é ser sacerdote e isso faz-nos crescer” adiantou reconhecendo que nem sempre é um caminho sem sobressaltos.
Quanto aos estudos em Roma refere que gosta, embora seja “uma experiência muito diferente”, com a barreira da língua que entende e já começa a falar, com a confusão de uma cidade multicultural mas “que é muito enriquecedora”.
Entre as cadeiras que tem pela frente admite que Eclesiologia é “porventura o mais difícil” pois “temos de estar à altura dos desafios que o Papa Francisco nos coloca sobre esta matéria”.
“Somos uma igreja servidora, com grande abertura aos leigos, com traços sinodais… uma igreja que caminha em conjunto e está sempre disponível para acolher e servir”, refere o jovem sacerdote.
“Estar em Roma é estar mais próximo do Papa Francisco, embora reconheça que em Roma sente-se mais o peso dos críticos e não se consegue falar sobre o Papa Francisco a todas as mesas” adianta o sacerdote.
“Para mim que gosto dele é um enorme desafio; não é um problema mas uma grande desafio por o que diz, o que escreve e pelo seu testemunho”, acrescenta ainda o jovem sacerdote para quem a interculturalidade que vive na capital Italiana é um dado importante para aumentar a sua consciência de Igreja.
“Contactamos com realidades diferentes, pessoas diferentes, de várias proveniências e isso é muito enriquecedor” adianta.
A entrevista pode ser ouvida na integra aqui.