No ano em que a igreja está em caminho sinodal, diocese de Angra anima-se para “perceber o que os jovens pretendem da igreja”
A diocese de Angra vai promover um Congresso Diocesano para os jovens para debater a relação entre os jovens a igreja e a fé, no final do mês de junho (29 e30 de junho e 1 de julho), avançou ao Igreja Açores o responsável pela pastoral juvenil, Pe Norberto Brum.
Este congresso destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 30 anos, oriundos das nove ilhas dos Açores, e tem como finalidade “analisar e discutir o que é que os jovens pretendem da igreja”.
“O objectivo é perguntar-lhes o que querem e esperam da igreja, que igreja pretendem para os Açores porque para nós é mais fácil dizer que os jovens estão afastados mas também devemos reconhecer os erros que cometemos para os distanciarmos”, refere o sacerdote.
O Pe. Norberto Brum lembra que os percursos do itinerário cristão ainda são cumpridos em larga escala nos açores, desde a catequese até ao sacramento do Crisma e que os problemas surgem depois. O que, para este sacerdote, se deve a alguma falta de compreensão e abertura para criar espaço para o protagonismo dos jovens.
“Eles têm de se sentir protagonistas; temos de lhes dar espaço para que afirmem o seu compromisso e se envolvam na comunidade. Não podemos esperar que eles fiquem só de acordo com as nossas regas”, conclui o sacerdote que lembra a este propósito as propostas do Papa Francisco e a carta por ele enviada à igreja no sentido da preparação do Sínodo sobre os jovens.
Até junho do próximo ano, a diocese irá preparar este congresso e toda a caminhada sinodal, garante ainda o presbítero.
“Está a ser feito um documento que abordará a carta que o Papa escreveu; far-se-á uma auscultação através das várias delegações do serviço em todas as ouvidorias, serão promovidos workshops, concertos, exposições entre outros pois o nosso objectivo é elaborar também um itinerário jovem para os próximos dois, 3 anos”, adianta o Pe. Norberto Brum.
O sacerdote recorda que os jovens açorianos têm as mesmas preocupações e os mesmos problemas que os jovens do seu tempo e por isso isso há que explorar “o seu fascínio por tantas áreas” e procurar que os jovens “não receiem assumir compromissos mais duradoiros” pois quando querem “eles empenham-se e são muito animados”.
“Temos de apostar no aprofundamento da sua identidade, envolve-los mais nas comunidades e levá-los a um maior e melhor discernimento vocacional” refere por outro lado o responsável pelo sector diocesano juvenil.