Seminário acolheu esta sexta feira 13 de outubro uma vigília mariana
O Seminário Episcopal de Angra acolheu esta sexta feira uma Vigília Mariana promovida pelo sector juvenil do Movimento da Mensagem de Fátima, da ilha Terceira, que assim também assinalou o centenário das Aparições em Fátima.
A Vigília decorreu na Capela da Natividade do Seminário Episcopal de Angra e envolveu cerca de 100 pessoas entre jovens de toda a ilha, religiosas de várias congregações e também a comunidade de seminaristas.
A vigília seguiu um esquema de construção de jogral sob o tema “Maria: escuta, decisão e ação” que o Papa Francisco aconselha e que resume a atitude de Maria como testemunha e discípula, com recurso a leituras bíblicas e também a citações do Sumo Pontífice.
Num segundo momento foram lidos alguns diálogos entre Nossa Senhora e a Irmã Lúcia, retirados das suas memórias, seguindo-se a adoração eucarística.
O Reitor do Seminário de Angra exortou os jovens a não desanimarem na Fé e a aproveitarem este momento celebrativo do Centenário para “despertar a fé e aprofundar a fé” seja individualmente seja comunitariamente.
“Fátima transformou a vida da Igreja” disse o Pe. Hélder Miranda Alexandre.
O responsável pelo Seminário, que lidera também a pastoral juvenil na ilha, exortou os jovens a aproveitarem “este momento privilegiado para reflectirmos na nossa fé, na nossa vocação, no nosso sim, na nossa resposta. Que esta resposta venha de dentro, que não venha dos outros ou da moda, mas porque eu quero que a voz de Deus fale mais alto.”
Esta Vígilia acontece simbolicamente no dia 13 de outubro; dia em que o Santuário de Fátima celebrou a última peregrinação internacional do ano do Centenário. No final da Missa, o Santo Padre juntou-se à festa na Cova da Iria deixando uma bênção especial aos peregrinos a quem pediu para não deixarem de rezar o terço.
Em declarações ao Igreja Açores, o assistente do movimento, Pe. José Júlio Rocha, disse que este Centenário constituiu uma oportunidade para colocar Fátima no caminho da Mensagem de Jesus Cristo.
“Este foi um ano marcado por Fátima e quer o bispo D. António Marto quer o próprio Papa centraram sempre as suas mensagens neste aspecto”, disse o sacerdote.
“A Fé em Nossa Senhora não pode ficar só aí e Fátima, e este Centenário em particular, pode ter contribuído para uma purificação da fé de cada um de nós”, refere o sacerdote analisando um ano marcado pelo Centenário, pela visita do Papa a Fátima, como peregrino da esperança e da paz e da própria virgem Peregrina aos Açores, durante dois meses.
“Foi definitivamente um ano marcado por Fátima quer para a igreja quer para o país”, concluiu o sacerdote.
Esta tarde em Fátima o Santuário promoveu a sessão solene de encerramento do Centenário, com a presença do Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou o papel de Fátima como lugar de “projeção” de Portugal no mundo, elogiando a mensagem de paz e solidariedade que aqui tem sido transmitida.
“Que a mensagem de Fátima, a mensagem da paz, a mensagem da fraternidade, a mensagem da solidariedade, a mensagem da humanidade, a mensagem do amor em todas as suas dimensões possa inspirar-nos a todos, possa inspirar a sociedade portuguesa, possa inspirar a humanidade, no presente e no futuro”, disse, no início da sessão solene de encerramento do Centenário das Aparições, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
“É uma mensagem que, mesmo quando virada para o Alto, olha para cada um dos seres humanos e apela à paz, à fraternidade, à solidariedade, à atenção relativamente aos que mais sofrem, aos que mais necessitam, àqueles que tantas vezes se encontram nas periferias de que tantos outros tão depressa se esqueçam”, declarou o chefe de Estado.
“É em nome de Portugal, de todo o Portugal, de todos os portugueses, de todos os crentes e não-crentes, católicos, cristãos e não-cristãos, de todos eles, que aqui está o presidente da República, cumprindo uma missão nacional”, observou.
Já D. António Marto insistiu na ideia de que este Centenário permitiu viver um momento “histórico e único para Fátima, para a Igreja e para Portugal”.
O bispo de Leiria-Fátima disse na mesma sessão que a “incontável multidão” de peregrinos que, ao longo deste ano, acorreu à Cova de Iria, é “grata expressão de que o Santuário continua a ser lugar congregador das sedes e esperanças da humanidade”.
Fátima é, segundo o bispo diocesano, um espaço de acolhimento incondicional de todos os homens e um oásis espiritual “onde as pessoas encontram a frescura capaz de regenerar a alma e a fé”.
Ao longo de um século, acrescentou, “Fátima confirma que a história definitiva, essa que tem horizontes largos e não se prende com nada de menor, se reza com a simplicidade dos humildes que estão dispostos a oferecer-se para bem dos demais”.
O responsável falou ainda dos povos que “encontraram em Fátima o símbolo de esperança que alimentou a sua resiliência”, no último século.
Este Centenário, acrescentou, “toca as profundezas da humanidade, a verdade nua do mistério do homem”.
“São muitos os caminhos que vêm dar a este lugar que guarda a memória da presença de Deus: os peregrinos chegam de todos os cantos do mundo e de todos os cantos da profundidade humana”, sublinhou D. António Marto.
(Com Nuno Pacheco de Sousa)
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