Bispo Emérito de Setúbal faleceu este domingo e tinha uma forte ligação aos Açores.
O bispo de Angra disse esta tarde, na sequência do falecimento de D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal, que a sua vida foi “um espelho autêntico do Evangelho” e que apesar da idade a sua morte “foi uma surpresa” .
Numa nota a que o Sítio Igreja Açores teve acesso, D. João Lavrador referiu-se a D. Manuel Martins, que faleceu este domingo, como “um profeta e um apostolo” a quem a igreja deve muito. O prelado diocesano lembrou a “amizade e carinho” que sempre demonstrou pelo povo açorianos e destacou “a sua presença regular e empenhada em diversas situações da vida desta Igreja diocesana, seja na presidência, seja na substituição de alguns párocos que deste modo poderiam usufruir de algum tempo de descanso”.
“Agradeço ao Senhor Dom Manuel Martins a sua vida inspiradora de uma acção pastoral norteada pela defesa da dignidade humana, privilegiando os mais frágeis e excluídos e pelo diálogo lúcido e coerente com o mundo do nosso tempo”, disse o bispo de Angra.
“Em meu nome pessoal e da diocese de Angra e Ilhas dos Açores apresento as condolências fraternas e a certeza da nossa oração à diocese de Setúbal e ao seu Bispo, Dom José Ornelas, e à sua diocese de origem e na qual ultimamente vivia, o Porto, e ao seu Administrador Diocesano, Dom António Taipa” acrescentou ainda
D. Manuel Martins foi presidente da Comissão Episcopal da Ação Social e Caritativa, bem como da Comissão Episcopal das Migrações e Turismo, na Conferência Episcopal Portuguesa; foi ainda presidente da Secção Portuguesa da Pax Christi e da Fundação SPES.
No dia 23 de abril de 1998, o Papa João Paulo II aceitou o seu pedido de resignação ao cargo de bispo de Setúbal.
O bispo emérito foi agraciado com a grã-cruz da Ordem de Cristo, durante as comemorações do 10 de junho de 2007, em Setúbal, e com o galardão dos Direitos Humanos da Assembleia da República, a 10 de dezembro de 2008.