Peditórios nas missas revertem a favor da Cáritas Diocesana, tal como as renúncias quaresmais.
A Cáritas Portuguesa assinala no próximo domingo 23 de março, o seu dianacional, num contexto socioeconómico marcado pelo espectro da crise e pelas crescentes dificuldades das famílias e empresas.
Este ano, o Dia Nacional da Cáritas será comemorado sob o lema: «Unidos no amor. Juntos contra a fome». É o tema da Campanha da Caritas Internacional contra a fome no mundo.
Durante a semana que antecede o dia Nacional haverá peditórios de rua promovidos pela Cáritas.
Em Portugal, e nos Açores, em particular, a Cáritas “mantém-se firme” no apoio à população, preferencialmente a mais carenciada, e irá dar continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver, propondo caminhos de reconstrução para aqueles cujas vidas foram marcadas pela crise que está a deixar marcas indeléveis na nossa sociedade”, adianta a organização católica de solidariedade e ação humanitária, presente em todo o país.
A par de um conjunto de ações locais de reflexão e debate com os cidadãos, esta semana incluiu o peditório público que se realizará em diversas cidades e estabelecimentos comerciais, entre os dias 20 e 23 deste mês.
“Todos estamos implicados na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Sem o contributo de cada um de nós não poderá nunca haver uma verdadeira noção de bem comum”, explica Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa.
Em 2013, “apesar” das dificuldades económicas “consequência das diferentes medidas de austeridade”, o peditório público da Cáritas angariou 296 126,38 euros, com a ajuda de “milhares de voluntários”.
Os fundos recolhidos revertem a favor dos diferentes projetos sociais concretizados em cada uma das Cáritas Diocesanas do país, precisa a organização.
Este ano, o tema desta Semana está integrada na campanha internacional de luta contra a fome – ‘Uma só família humana, alimento para todos’ -, promovida pela Caritas Internationalis, que tem por objetivo o combate à fome e ao desperdício alimentar, alertando para “o respeito inalienável pelo direito à alimentação”.
Á semelhança do que já aconteceu no ano passado o que a Diocese de Angra apurar nas renúncias quaresmais reverterá a favor da Cáritas para integrar o “Fundo de Emergência Social”, constituído com receitas anteriores da Renúncia Quaresmal e por fundos da Caritas Nacional e dos Açores.
“Esperamos que, com este e outros apoios, o Fundo possa continuar a cumprir a sua missão junto das pessoas e famílias mais carenciadas. Importa que os pedidos de ajuda sigam os trâmites estabelecidos e já divulgados, para haver rigor e objetividade”, diz o Bispo de Angra na sua mensagem para a Quaresma 2014.