A diocese de Angra mantém o foco nas questões sociais, na família e na religiosidade popular
A promoção e integração dos jovens na vida social, eclesial e cultural valorizando o seu potencial e garantindo-lhes o acesso a uma vida digna, à escolaridade, ao emprego e a uma progressiva autonomia é a prioridade do programa pastoral da diocese de Angra para o próximo ano.
intitulado “Partilha, vem e segue-me”, e inspirado no Evangelho de Mateus “Se queres ser perfeito, vai e distribui os teus bens pelos pobres, vem e segue-me”, o programa pastoral publicado esta segunda feira no Portal da Diocese de Angra, enquadra as diferentes opções que além dos jovens apostam na pastoral social e na familiar, sem descurar as questões relacionadas com a pastoral educativa e vocacional.
“Os jovens são hoje as maiores vítimas da exclusão social. Importa analisar como o desemprego os atinge; como são atraídos para a marginalidade; como a sociedade lhes fechou a oportunidade de sonharem com um futuro feliz” afirma o documento com as orientações pastorais.
Sublinhando a prioridade que a igreja dará aos jovens neste próximo ano, marcado pelos trabalhos preparatórios do Sínodo para analisar a relação entre os Jovens e a Igreja, em outubro de 2018, a diocese de Angra destaca que os jovens “têm o direito ao protagonismo próprio no seio da comunidade cristã e devem ser ouvidos nos órgãos próprios de participação nas paróquias”.
E, acrescenta: “a eles também se pede que assumam uma participação na comunidade que é composta por diversas idades e vivências distintas”.
“A cultura juvenil, que já leva várias décadas, desafia a Igreja e cada comunidade cristã. Importa ter presente que as nossas comunidades serão no futuro o que necessariamente fizermos com os jovens hoje”, lê-se.
Por isso, a diocese lança um desafio às famílias: “Cada família terá de cuidar do desenvolvimento vocacional de cada um dos seus membros, sobretudo das crianças e jovens; de igual modo a comunidade cristã, na catequese e nos grupos de jovens, deve ter como finalidade a vocação que toca a cada um dos que a integram”.
Por outro lado, afirma o documento, a diocese tem de “ir mais além e mais fundo no que toca às questões que provocam a exclusão social”, convidando a um “empenho na solução” dos problemas e a “valorização dos organismos” que se dedicam a esta causa.
O programa diocesano prevê ainda uma “atenção máxima” à religiosidade popular de forma a “valorizá-la e a renova-la”.
O documento que agora é publicado resulta da conciliação de pareceres das várias estruturas de corresponsabilidade e participação da diocese nomeadamente os conselhos presbiteral e pastoral diocesano, cujas conclusões se encontram plasmadas também neste documento que norteará a ação diocesana entre 2017 e 2018.