Cardeal alemão Reinhard Marx vai presidir a grupo de trabalho.
O porta voz da Santa Sé, Federico Lombardo anunciou que os 15 membros do “Conselho para a Economia” do Vaticano, cuja criação foi anunciada no mês passado, foram hoje nomeados oficialmente, sendo o cardeal alemão Reinhard Marx o eleito para coordenar o grupo de trabalho.
O novo “Conselho para a Economia” criado pelo Papa conta com 15 membros: oito cardeais, para refletir a “universalidade da Igreja”, e sete “peritos leigos de várias nacionalidades”.
Além do cardeal Reinhard Marx, os outros sete cardeais deste conselho económico são: Jean Luis Cipriani Thorne, do Perú; Daniel DiNardo, dos Estados Unidos; Wilfrid Fox Napier, da África do Sul; Jean-Pierre Ricard, de França; Norberto Carrera, do México; John Tong Hon, de Hong Kong e Agostino Vallini, de Itália.
A sala de imprensa do Vaticano publica as biografias também dos sete peritos leigos que representam várias regiões do mundo e contam todos com larga experiência em assuntos económicos e financeiros sendo que a maioria eram já membros da comissão para a reforma das estruturas administrativas da Santa Sé.
Joseph Zahra é de Malta e é ex-director do Banco Central, sendo a sua especialização em consultoria para melhorar o desempenho de empresas; Jean-Baptiste de Franssu é francês, ttrabalhou na Comissão Europeia e em vários grupos financeiros; John F. Kyle é cidadão dos Estados Unidos da América e do Canadá e trabalhou mais de três décadas numa empresa petrolífera canadiana, tendo colaborado também muito com órgãos diocesanos naquele país, tanto no ramo das finanças como no da bioética; o espanhol Enrique Llano Cueto é economista na Universidade de Madrid e a sua especialização é em consultoria de pequenas e médias empresas; Jochen Messemer é alemão e ex-parceiro da consultora McKinsey e tem anos de experiência a colaborar com a Igreja alemã em matéria de consultoria financeira; Francesco Vermiglio é italiano e professor de administração de negócios na universidade de Messina e George Yeo, da Singapura, tem no seu curriculo vários anos de experiência tanto nas Forças Armadas do seu país como no governo, dado que foi ministro de Estado para as Finanças.
Este “Conselho para a Economia” vai trabalhar diretamente com o cardeal George Pell, atual arcebispo de Sidney (Austrália), que assume as funções de prefeito da Secretaria para a Economia.
O cardeal George Pell vai colaborar com o secretário de Estado (cardeal Pietro Parolin), sendo coadjuvado pelo secretário-geral na “gestão das atividades diárias”, adiantou a Santa Sé.
O secretário-geral é D. Alfred Xuereb, maltês, que por sua vez é também o delegado do Papa nas comissões que Francisco criou em 2013 para o Instituto para as Obras de Religião (o chamado Banco do Vaticano) e a organização da estrutura económico-administrativa da Santa Sé.
Este «ministério» das Finanças que foi criado a 24 de fevereiro efetua o “controlo económico e a vigilância” sobre “as estruturas e as atividades administrativas e financeiras dos Dicastérios da Cúria Romana, das Instituições ligadas à Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano”.
A nova Secretaria, que responde “diretamente” ao Papa, assume a responsabilidade de preparar o orçamento anual para a Santa Sé e o Estado da Cidade do Vaticano, bem como a “planificação financeira” dos mesmos.
Por sua vez o “Conselho para a Economia” vai, segundo o porta-voz da Santa Sé, iniciar o trabalho “imediatamente” e tem a primeira reunião agendada para Maio.