Diocese de Angra dá sinais de vitalidade
A diocese de Angra acaba de anunciar o plano pastoral para o próximo ano
A conversão pastoral em “chave missinária” proposta pelo prelado diocesano, motivado pela interpelação do Papa Francisco na sua exortação apostólica A Alegria do Evangelho, assenta em três objetivos específicos: formar os agentes pastorais, com vista a uma renovação espiritual; caracterizar a realidade açoriana a nível cultural, social e eclesial, para interpretar os desafios concretos e desencadear uma análise e revisão das respostas dos serviços pastorais da diocese aos problemas concretos dos açorianos. Tudo isto, em linha com a igreja universal que este ano vive o Sínodo da Familia e o Ano da Vida Consagrada.
As propostas do Bispo de Angra, respeitando integralmente o que foram as sugestões do Conselho Presbiteral de maio, não poderiam ser mais oportunas.
Elas desafiam a igreja – estruturas eclesiais e laicais- a sair das suas zonas de conforto e a “desinstalarem-se” procurando, em primeiro lugar, conhecer a realidade concreta para depois dar respostas precisas e adequadas aos problemas.
Os Açores de hoje são diferentes do que eram há 20 anos atrás. No melhor e no pior!
A Igreja sempre esteve de portas abertas para acolher todos os que a procuram.
Hoje, o que se propõe, é que seja a Igreja a ir ao encontro.
Como bem refere o Papa Francisco “Uma Igreja que não sai, mais tarde ou mais cedo, adoece na atmosfera viciada da sua reclusão”.
Mesmo correndo o risco de se acidentar, vale a pena sair!
Maria viveu atenta aos desafios da sua época, sem estar recolhida numa torre de marfim.
A realidade dos nossos dias chama-nos a sair, a dar e a anunciar.
Como Igreja e família missionária, todos os batizados têm de fazer eco desta interpelação, particularmente neste tempo da nossa história, como o fizemos tantas vezes e continuaremos a fazê-lo sempre.
Tempos difíceis exigem maior entrega na Aliança, solidária e missionária.
Carmo Rodeia