Congresso dos jornalistas arranca esta quinta feira em Lisboa
O diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais disse à Agência ECCLESIA que jornalismo especializado é uma estratégia para “afirmar o jornalismo” e a sua ausência é uma “grande perda para os destinatários”.
Para o padre Américo Aguiar, a especialização “é um desafio que tem barbas”, exige aos comunicadores das várias áreas “presença, linguagem desencriptada” e uma “velocidade” de reação próxima dos medias.
O tema vai estar em destaque no 4.º Congresso dos Jornalistas Portugueses, que decorre entre 12 e 15 de janeiro, no Cinema São Jorge, em Lisboa e tem por tema ‘Afirmar o jornalismo’.
Já Paulo Agostinho, editor da Agência Lusa, afirma que o jornalismo especializado “é o futuro”, “ao contrário do que as pessoas pensam”.
“Está razoavelmente estudado, estamos a falar de jornalismo de nicho e de causas”, exemplifica sobre o que considera ser “uma das soluções” para ‘Afirmar o jornalismo’ hoje, tema que vai estar em debate no Congresso de Jornalistas, que inicia esta quinta-feira.
O 4.º Congresso dos Jornalistas realiza-se 18 anos depois da reunião dos jornalistas de Portugal, onde a valorização do jornalismo especializado, nomeadamente religioso, foi uma acentuada.
O padre Américo Aguiar espera que “essa maioridade tenha evoluído”, acrescentando, no entanto, que tem “pena” que em 18 anos a situação tenha piorado.
“Percebendo alguma sensação de desanimo”, Paulo Agostinho observa que o profissional de informação noticiosa especializado, para além de saber a nomenclatura, os nomes, “tem de saber surpreender”.
“Um dos problemas se alguém faz jornalismo especializado há muito tempo perde capacidade de surpreender”, acrescenta o jornalista da Agência Lusa
Para o padre Américo Aguiar, também presidente do Conselho de Gerência da Renascença Multimédia, “há lugar” para o jornalismo especializado, nomeadamente religioso, mas “o problema é sempre o mesmo”, ou seja, a questão financeira e económica dos media.
Paulo Agostinho acrescenta que tem “pena” que exista um desinvestimento na área religião, uma vez que “vende e resulta do ponto de vista comercial porque mexe com afetos”.
(Com Ecclesia)