Por Renato Moura
Será Natal e vamos acolher o Menino Jesus. O nascimento de qualquer menino é motivo de alegria. O nascimento de um Menino Deus ainda muito mais. José e Maria acolheram-no o melhor que puderam, apesar da falta de condições materiais. Cumprindo a vontade do Pai, tudo fizeram para Ele crescer como homem. Na primeira oportunidade, nas festas daquela boda, Maria disse “fazei tudo o que Ele vos disser”.
Nesta festa façamos acolhimento e aproveitemos para fazer ao Menino Jesus o pedido de uns presentes, diferentes, mas certamente muito mais importantes do que umas coisinhas materiais que achamos graça receber no sapatinho que se tornou tradicional. Todos poderemos pedir presentes diferentes, pois que o poder do Menino Deus é infinito, nenhum de nós se pode julgar capaz de pedir tudo quanto faz falta, mas é da diversidade dos pedidos que nascerá a abundância das graças divinas.
Peçamos neste Natal que o Vosso Espírito Santo ilumine todos aqueles que têm poderes na Igreja, no sentido de eles recuperarem para a comunhão e partilha da graça de Deus todos os excluídos e para que não afastem mais ninguém. Fazei com que o Papa Francisco tenha saúde, longa vida e coragem, para que possa continuar a sua obra de ensinamento sobre o que Tu queres e sobre a abrangência da misericórdia divina.
Fazei com que todos aqueles que estão ligados à Igreja pelo ministério que exercem, façam aquilo que o Papa lhes está a dizer permanentemente e sob tantas formas. Fazei que todos atentem nas palavras do Papa “A esperança na misericórdia de Deus abre horizontes e nos faz livres, enquanto a rigidez clerical fecha corações e faz tanto mal”.
Fazei também com que todos os homens e mulheres, em todas as actividades e atitudes das suas vidas saibam entender a vontade de Deus e se disponham a seguir os caminhos que Jesus indicou. Fazei com que todos aqueles cristãos que têm a graça de partilhar dos dons que lhe são concedidos não sejam egoístas, mas tomem a iniciativa de se dispor a acolher sem discriminação os seus irmãos que desejam abeirar-se da prática religiosa que não tiveram oportunidade de exercer, ou da qual se afastaram por motivos que só Deus pode julgar e tem o poder de perdoar.
Que o Menino Jesus dê aos que se sentem excluídos a graça de não exasperarem, que pela sinceridade da sua consciência também se considerem Igreja e se sintam confortados pela palavra de Francisco que inspira confiança quando diz “Quanto é bela a liberdade, a magnanimidade, a esperança de um homem e de uma mulher de Igreja”.