Família, mercado de trabalho e proteção social devem ser prioridades políticas e económicas

Cáritas publica propostas para uma maior justiça e igualdade

A Cáritas Europa publicou hoje o documento ‘Justiça Social e igualdade na Europa – É possível’, com um conjunto de propostas para os governos e instituições da região, no contexto atual de crise.

“Apenas mudando as estruturas societais que sistematicamente excluem partes da população será possível reduzir desigualdades e pobreza: a família, o mercado de trabalho e as políticas de proteção social são fatores-chave”, refere a organização católica, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A confederação europeia da Cáritas considera que estas três áreas são “pilares” para modelos sociais “resilientes”, capazes de “enfrentar os desafios sociais, económicos e demográficos”.

Esta publicação pretende ser um “guião” para ajudar a Europa a ultrapassar a onda de choque saída da “catástrofe financeira” de 2008 e começar a olhar para o futuro com esperança, realça o organismo.

Entre as medidas propostas estão a criação de um “abono de família” especial para as famílias mais pobres, o combate à desigualdade de salários entre homens e mulheres ou a garantia de um “rendimento mínimo” acima do limiar da pobreza.

A Cáritas Europa pede ainda que o investimento social seja excluído dos cálculos do défice orçamental em cada Estado-membro.

Jorge Nuño Mayer, secretário-geral, sustenta que é uma responsabilidade comum “libertar a Europa da pobreza”.

“É tempo de os Estados agirem, colocando o bem comum e os interesses dos mais desfavorecidos no centro da sua ação”, apela.

 

(Com Ecclesia)

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