27 sacerdotes iniciaram hoje um retiro de três dias em Angra do Heroísmo. Ricardo Neves, pároco de Santo António do Estoril, é o orientador.
Começou hoje, em Angra do Heroísmo, o segundo de três retiros de sacerdotes previstos para este ano na Diocese de Angra, sob o lema O Ministério da Misericórdia, sendo o orador convidado o Pe Ricardo Neves, da Diocese de Lisboa e responsável paroquial em Santo António do Estoril.
Durante três dias, 27 presbíteros, maioritariamente da Terceira, mas também do Faial, Corvo e São Miguel (ouvidorias de Ponta Delgada, Capelas e Fenais de Vera Cruz) vão meditar nessa especificidade cristã que é a revelação de Deus como misericórdia absoluta, começando na contemplação bíblica do que significa a misericórdia na experiência de Deus, primeiro com o povo de Israel e depois connosco, até ao ministério sacerdotal.
“A escolha do tema tem a ver, também, com essa interpelação recorrente do Papa Francisco sobre a necessidade da Igreja ser uma comunidade de misericórdia onde todos têm lugar e todos são chamados a caminhar”, disse ao Portal da Diocese o Pe Ricardo Neves que orientou o retiro da passada semana em São Miguel.
A ideia de que a Igreja deve ser um permanente “hospital de campanha”, como lhe chamou o Papa Francisco, sublinha esta conceção de Misericórdia.
“Deus monta um hospital em todo o lado onde haja feridos e todos nós temos feridas para sarar, trata-os e proporciona-lhes uma experiência de regeneração” adianta, ainda, Ricardo Neves que destaca o acolhimento pastoral como uma das “ferramentas mais decisivas” para exercer a misericórdia.
O encontro está a decorrer na Casa de Retiros de Santa Catarina, e na próxima quarta feira haverá uma sessão de formação no Seminário sobre acolhimento pastoral.
O Pe Ricardo Neves é o responsável pela paróquia de Santo António do Estoril, e com um vasto currículum na liderança de seminários e na pastoral vocacional.
O próximo retiro de sacerdotes da Diocese de Angra, tem lugar no Passal de São Mateus, na ilha do Pico, de 21 a 25 de Abril, sendo orientado pelo Bispo Diocesano, D. António de Sousa Braga.
O retiro anual do Clero, além de ser uma obrigação canónica, é também uma oportunidade para o crescimento espiritual dos presbíteros e para reforçar a unidade com o seu prelado diocesano.
Para fazer um retiro é necessário que haja “disposições interiores, tais como, silêncio, meditação, oração pessoal e entrega para uma revisão de vida, que no caso dos presbíteros diz respeito à renovação do compromisso ministerial assumido no dia da ordenação presbiteral”.