«Momentos difíceis» são «prova certa de que Deus não nos abandona»
O Papa criticou hoje aqueles que em nome da liberdade se tornam escravos, indiferentes e autosuficientes.
“Quantas novas escravidões são criadas nos nossos dias em nome de uma falsa liberdade. «Faço isso porque quero, consumo droga porque gosto, sou livre». São escravos em nome da liberdade. Todos nós conhecemos pessoas assim que, no final, acabam por terra. Precisamos que Deus nos liberte de toda forma de indiferença, de egoísmo e de autosuficiência”, afirmou Francisco esta manhã, na Praça de São Pedro, durante a audiência Jubilar, no âmbito do ano da Misericórdia, que dedicou ao tema da redenção.
O Papa refletiu sobre a autosuficiência do homem, “que se vangloria”, considerando que a “sua liberdade” lhe vai oferecer tudo.
Francisco sublinhou a importância de nos “momentos difíceis da vida” o homem olhar para “Jesus crucificado” como “prova certa de que Deus não nos abandona”.
“Jamais nos esqueçamos de que nas angústias e nas perseguições, assim como nas dores diárias, somos sempre libertados pela mão misericordiosa de Deus, que nos eleva e nos conduz a uma vida nova.”
O Papa lembrou um amor “sem limites”, “sobretudo pelo pequenos, pelos pobres”.
“Quanto mais necessitamos, mais o seu olhar sobre nós se enche de misericórdia. Ele nos perdoa sempre.”
Durante a saudação em diferentes línguas às pessoas presentes na praça de São Pedro, Francisco enalteceu os membros da Proteção Civil, que deveriam ter participado na audiência, mas anularam a sua presença para continuar os socorros e a assistência às populações atingidas pelo terramoto de 24 de agosto, nas localidades de Amatrice, Accumoli e Pescara del Tronto, no centro de Itália.