Manual de Boas Práticas contra incêndios no Centro de Angra aprovado

Os seis parceiros nacionais no âmbito do projeto HERITPROT devem agora elaborar um plano de intervenção para cada uma das suas áreas.

O Manual de boas práticas contra incêndios no centro histórico de Angra do Heroísmo, no âmbito do projeto europeu HERITPROT destinado à preservação dos centros das cidades Património da Humanidade, que abrange seis parceiros com intervenção direta nesta área – Proteção Civil, Diocese de Angra, Bombeiros, Direcção Regional da Cultura, Museu de Angra e Biblioteca Pública de Angra- está pronto e agora cada uma das entidades deve elaborar um plano de intervenção específico.

 

Este plano visa compatibilizar um conjunto de medidas e procedimentos adequados à cidade, de acordo com um diagnóstico de áreas consideradas mais sensíveis e que careçam de intervenção, tendo em conta cinco áreas: a segurança contra incêndios e análise de risco; salvados e controle de danos; planos de emergência; programas de sensibilização e formação e malha urbana.

 

Nos Açores, A Proteção Civil é o parceiro com a responsabilidade de conduzir, coordenar e monitorizar todas as atividade mencionadas.

 

O HERITPROT é um projeto enquadrado no Programa INTERREG IVC, do Fundo de Desenvolvimento Regional Europeu, e abrange mais nove cidades europeias, que tal como Angra do Heroísmo estão classificadas como Património Mundial – La Laguna e Cuenca (Espanha; Sighisoara (Roménia); Riga (Letónia); Varsóvia ( Polónia); Vilnius (Lituânia); Holloko (Hungria); Bergen (Noruega) e Liverpool (Reino Unido).

 

O objetivo geral é melhorar, por intermédio da cooperação inter-regional, a prevenção contra o risco de incêndio nos centros históricos das cidades europeias declaradas Património Mundial, através do intercâmbio de boas práticas para enfrentar os problemas que são comuns a todas as cidades e incidir no desenvolvimento de políticas a nível local e regional no âmbito da prevenção de incêndios em centros urbanos antigos.

 

Em termos históricos, Angra do Heroísmo é a primeira cidade europeia do Atlântico, fundada e desenvolvida como resultado da abertura de novos horizontes geográficos e culturais provocados pelas viagens portuguesas dos Descobrimentos.

 

A decisão da Unesco de integrar o centro histórico de Angra do Heroísmo na lista do Património Mundial reflete a sua situação histórica sem paralelo.

 

A zona classificada compreende uma área de cerca de 6 km2.

 

Metade desta zona constitui o centro antigo da cidade de Angra; a outra é formada pelo cone da cratera abatida do extinto vulcão do Monte Brasil (atualmente reserva florestal de recreio da cidade, aonde pode ser encontrada abundante vegetação endémica).

 

A cidade é a “testemunha viva” do ponto de vista histórico do abandono de técnicas de construção medievais para abraçar as modernas inovações resultantes da Renascença e dos Descobrimentos.

 

O seu testemunho não se cinge à data da sua fundação, prolongando-se ao longo de três séculos no papel que desempenhou na história da expansão da Europa, período em que Angra se constituiu como um dos eixos das rotas que cruzaram o Atlântico.

 

As primeiras casas espalharam-se ao longo de sinuosas e íngremes ruas nas colinas e foi construído um castelo no pico do Outeiro, longe do mar. Era a forma medieval de fazer o que tinha de ser feito, transposta para o meio do Atlântico.

 

Em menos de 80 anos transcorridos sobre a chegada dos povoadores, Angra foi elevada ao estatuto de cidade (1534).

 

Num curto intervalo de tempo adquiriu muitas das características que ainda definem a atual arquitetura fabril da cidade.

Scroll to Top