Vigário Episcopal para a ilha de São Miguel quer testemunho em vez de catolicismo teórico

Pe Cipriano Pacheco presidiu à missa da Festa em honra de Nossa Senhora dos Anjos em Água de Pau

No dia em que se assinala a Assunção da Virgem Maria, o Vigário Episcopal para a ilha de São Miguel pediu aos católicos que pratiquem e exercitem a sua fé e não se fiquem apenas pelo conhecimento teórico da doutrina.“Não bastam ritos e conhecimentos teóricos; precisamos de dar testemunho e de agir tal como Maria fez com a sua prima Isabel” sublinhou o sacerdote que presidiu, pela primeira vez, à Eucaristia solene da festa em honra da Senhora dos Anjos, em Água de Pau, na ilha de São Miguel, a segunda festa mais expressivas da ilha, depois das festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Partindo do Magnificat, um dos mais belos poemas de amor, Cipriano Pacheco lembrou o amor que Maria tinha por Jesus e como ele a recompensou.

 

“Tal como Deus olhou para a sua serva também nós devemos olhar para os nossos irmãos, sobretudo os mais pobres, os que sofrem e são excluídos e estender-lhes a mão. Só assim seremos verdadeiros cristãos”, rematou o sacerdote.

 

A Festa em honra da Senhora dos Anjos, que se realiza sempre a 15 de agosto, é uma festa de verão que reune milhares de pessoas nesta freguesia piscatória, da costa sul de São miguel, fortemente marcada pela emigração.

 

Nesta altura do ano, a vila enche-se de colorido para honrar a sua padroeira. Durante a procissão solene a imagem da Senhora dos Anjos, juntamente com mais 13 andores enfeitados pelas familias da comunidade, percorre as principais ruas da freguesia e vai recebendo ofertas em dinheiro, atirado em argolas, decoradas com flores, que são enfiadas no braço da imagem que está erguido na vertical.

 

“Muitos contestam esta prática mas a verdade é que ela traduz a alma de um povo e uma tradição cultural” lembra o pároco João Furtado em declarações ao Portal da Diocese esta sexta feira, sublinhando que “é uma forma das pessoas agardecerem alguma graça”.

Além deste gesto, é também prática comum enfeitarem-se as janelas e as ruas com flores naturais.

A festa, que já dura há uma semana, termina no dia 17 com o sermão de despedida à meia noite.

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