Bispo Emérito de Angra homenageado no dia da região autónoma dos Açores

D. António de Sousa Braga foi o 38ª bispo de Angra e resignou no passado dia 15 de março

O bispo emérito de Angra, D. António de Sousa Braga, que liderou a diocese durante quase 20 anos, sendo o 38º bispo de Angra e o segundo natural dos Açores, vai ser homenageado no dia da região, que se celebra na segunda feira de Pentecostes a 16 de maio, em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.

A proposta de resolução teve hoje o parecer favorável e unânime da Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho, que reuniu na delegação de Ponta Delgada da Assembleia Legislativa regional, órgão onde a proposta vai ser votada na próxima semana em plenário.

Além de D. António de Sousa Braga, o antigo primeiro ministro de Portugal, António Guterres, o embaixador Nuno Brito e o jogador do Benfica Eliseu estão entre as personalidades homenageadas no Dia dos Açores.

António Guterres e Nuno Brito foram os nomes propostos ao parlamento regional pelo presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.

Para Vasco Cordeiro, a ação de António Guterres “merece ser reconhecida publicamente no que diz respeito aos Açores”, pois foi “um dos impulsionadores da elaboração e aprovação da Lei de Finanças das Regiões Autónomas”, invocando, ainda, a “manifestação pronta e efetiva de solidariedade para com os Açores na sequência das várias intempéries e catástrofes naturais que assolaram” a região.

Quanto ao embaixador Nuno Filipe Alves Salvador e Brito, Vasco Cordeiro justificou a proposta com o trabalho “no âmbito do redimensionamento das forças norte-americanas” na base das Lajes, na Terceira.

No total, no Dia da Região vão ser homenageadas 26 pessoas (cinco das quais a título póstumo) e 12 instituições, que se distinguiram em diversas áreas, da cultura ao desporto, da política ao associativismo, contempladas também com as insígnias autonómicas de Mérito Profissional, Mérito Industrial, Comercial e Agrícola e Mérito Cívico.

Aos jornalistas, o presidente da Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho, Francisco Coelho, explicou que as insígnias honoríficas açorianas “obedecem a uma lei especial que visa designadamente que haja um largo consenso”, adiantando que os nomes foram propostos pela presidente da Assembleia Legislativa, Ana Luís, por um conjunto “muito vasto de deputados” e pelo chefe do executivo açoriano, que o fez pela primeira vez.

“É natural que esse consenso passe por um processo negocial informal, que é feito geralmente pelos líderes dos grupos e representações parlamentares, e a proposta que acaba por chegar a esta comissão é, sob esse ponto de vista, já uma proposta politicamente consensualizada”, referiu Francisco Coelho.

Questionado sobre a eventual banalização da atribuição das insígnias, face ao número de personalidades e entidades que anualmente são distinguidas, o deputado do PS declarou que as opiniões divergem neste assunto, realçando que os Açores têm “um conjunto de ilhas, um conjunto vasto de cidadãos, uma diáspora também muito significativa”.

Por outro lado, a região tem igualmente uma “grande participação social”, a que acresce um número “bastante significativo de instituições particulares de solidariedade social” ou de voluntariado, exemplificou Francisco Coelho.

A data, observada em toda a Região como feriado regional, celebra a “afirmação da identidade dos açorianos, da sua filosofia de vida e da sua unidade regional”, consideradas “base e justificação da autonomia política que lhes foi reconhecida e que orgulhosamente exercitam”.

O Dia da Região Autónoma dos Açores foi instituído pelo Parlamento açoriano em 1980 (Decreto Regional n.º 13/80/A, de 21 de Agosto) para comemorar a açorianidade e a autonomia. É a maior celebração cívica dos Açores.

(com lusa)

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