Organização esteve a cargo do Grupo de jovens de São Mateus, um dos 30 grupos da ilha
Meio milhar de jovens, membros ou convidados dos cerca de 30 grupos de jovens da ilha Terceira, celebraram este domingo a XXXI jornada diocesana da juventude na ilha Terceira, participando na Missa de Ramos e nas diferentes actividades espirituais e lúdicas promovidas e organizadas pelo Grupo de Jovens de São Mateus.
“Tínhamos muito gosto em acolher e receber os jovens da ilha Terceira e julgo que o balanço é francamente positivo” disse ao Sítio Igreja Açores o responsável pelo grupo anfitrião, Nelson Pereira.
Há 10 anos que este evento não decorria nesta freguesia piscatória da ilha “mas o resultado não poderia ser melhor” tendo contado com o envolvimento de toda a freguesia.
Além da participação na Eucaristia, durante a qual os grupos entregaram uma Ramalhete Espiritual com o conjunto de orações que rezaram quer pelo Santo Padre quer pela realização deste dia, os jovens participaram e desenvolveram actividades variadas desde Rapel (a partir da torre da igreja uma das mais altas da ilha) até às atividades no Porto de Pescas de São Mateus.
“Hoje cada vez mais temos de ir ao encontro dos jovens” disse o responsável pela pastoral juvenil na ilha, Pe Hélder Miranda Alexandre.
“A Igreja tem de saber escutar os jovens, acolhe-los e fazer-lhes propostas concretas de acordo com as necessidades e as dos jovens de hoje não são iguais às que eu tinha”, refere ainda o reitor do Seminário.
Também Nelson Pereira destaca esta necessidade da igreja ser “mais flexível”.
“Os jovens vão acompanhando o pendulo da sociedade, isto é, se a sociedade se afasta os jovens vão atrás” reconhece o dirigente que no entanto é optimista lembrando que hoje “há cada vez mais gente a procurar um novo porto de abrigo mas há uma nova procura de espiritualidade, como que em busca de um novo porto de abrigo”, conclui o jovem seminarista.
“Acusa-se a juventude de muitas coisas, mas a verdade é que vivem com coração mais entusiasmado que nós, muitas vezes” acrescenta o reitor lembrando que no contexto nacional e europeu, os Açores e os jovens açorianos em particular, são mais virados para a igreja do que o resto do país.
A XXXI Jornada da juventude terminou este domingo, embora o ramalhete seja enviado mais tarde.