Novo Bispo elogia “proximidade e disponibilidade” de D. António de Sousa Braga
D. João Lavrador é a partir de hoje o 39º Bispo de Angra sucedendo a D. António de Sousa Braga, no dia em que completa 75 anos de idade e viu promulgada pelo Papa Francisco a aceitação da sua resignação.
D. João Evangelista Lavrador é natural de Mira, distrito de Coimbra e chegou à diocese no dia 29 de novembro, depois de ter sido nomeado Bispo Coadjutor de Angra pelo Papa Francisco a 29 de setembro de 2015.
Na bula da sua nomeação vinha expresso que teria direito a suceder ao então Bispo de Angra quando este resignasse, conforme o Artº 1 do cânone 401, do Código de Direito canónico.
A sua entrada como bispo residencial da diocese açoriana é automática, de acordo com o cânone 409 do Código de Direito Canónico: “Vagando a sé episcopal, o bispo coadjutor torna-se imediatamente bispo da diocese para a qual fora constituído, contanto que já tenha tomado posse legitimamente”.
Na Bula de nomeação, o Papa Francisco sublinhou as “devidas qualidades” e “idoneidade” de D. João Lavrador para assumir o ministério de coadjutor de Angra “com todos os direitos, faculdades e obrigações pertinentes”.
O Papa referia que esta nomeação resultou de um pedido “insistente” de D. António de Sousa Braga, o qual foi operado em março de 2015 a um tumor pulmonar.
D. João Lavrador entrou na diocese depois de tomar posse diante do Colégio de Consultores, no passado mês de novembro, numa cerimónia em que participou o Núncio Apostólico da Santa Sé, em Lisboa, D. Rino Passigato, que decorreu em Angra do Heroísmo.
D.João Lavrador tem 60 anos, acabados de completar, e é bispo há 9, tendo exercido o seu magistério no Porto, como auxiliar.
O lema do seu episcopado é “Tu, segue-Me”.
Desde que entrou na diocese de Angra já percorreu praticamente todas as ilhas do arquipélago e participou em duas reuniões do Colégio de Consultores e no último Conselho Presbiteral.
Na hora de assumir funções deixa palavras de apreço e “agradecimento” ao agora Bispo Emérito de Angra.
Numa nota enviada ao Sítio Igreja Açores, o novo prelado diocesano escreve que “na hora em que é conhecida a decisão do Santo Padre de aceitar o pedido de resignação do Senhor Dom António Braga ao governo da Diocese de Angra, que como Bom Pastor serviu ao longo de duas décadas, brota um hino de ação de graças ao Senhor, um sentimento de reconhecimento pelo maravilhoso trabalho pastoral que realizou nesta que é a sua Diocese e a manifestação do nosso agradecimento pelo seu testemunho de bondade, de profunda fé, vasta cultura, de generosidade, de proximidade e da entrega total com que se dedicou à sua tarefa pastoral”.
Durante estes quase vinte anos, refere D: João Lavrador, “foi marcante a sua acção pastoral junto dos sacerdotes, dos diáconos, dos consagrados e dos leigos”, sublinhando a “manifesta proximidade e sintonia com as pessoas, qualquer que fosse a sua condição, e a sua capacidade de diálogo com as diversas instituições públicas”.
“A sociedade da Região Autónoma dos Açores habituou-se a admirar o Bispo desta diocese ao longo destes vinte anos e a Diocese que serviu tão generosamente fica com as suas profundas marcas de bom Pastor que se entregou totalmente pelos seus diocesanos” refere o novo bispo de Angra.
“Nesta hora voltamo-nos para o Senhor Dom António Braga para lhe dizer quanto recebemos dele, quanto em nós ficam as suas qualidades de homem bom e de Pastor exemplar, para lhe afirmar que esta continua ser a sua Diocese, para lhe testemunhar a nossa profunda gratidão e para lhe solicitar a sua presença para nos continuar a acompanhar e a ajudar com a sua sabedoria”, destaca ainda.
Prometida fica uma celebração diocesana, a realizar no próximo dia 30 de Junho, quando completa os seus 20 anos de ordenação episcopal e de inicio da sua atividade episcopal em Angra.