Procissão de velas entre Santuário de Nossa Senhora da Conceição e Catedral marca 24 horas derradeiras da Imagem de Nossa Senhora no Arquipélago
A Imagem da Virgem Peregrina chegou ao principio da noite à Sé de Angra onde cumprirá a derradeira etapa do percurso que a conduziu pelas nove ilhas dos Açores, nos últimos dois meses.
A última noite da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, na diocese de Angra, no contexto da celebração do Centenário das Aparições na Cova da Iria, será preenchida por duas vigílias na Sé, uma delas diretamente orientada para os jovens.
Este domingo, além do sacramento da reconciliação e de várias horas de oração, animadas pelos grupos e movimentos pastorais, serão celebradas duas eucaristias, presididas pelos dois prelados diocesanos. A primeira às 11h00 será presidida pelo Bispo Coadjutor e será uma Missa que assinalará também o encerramento da Semana Nacional da Cáritas. À tarde, às 18h00, com transmissão na Antena 1 Açores, será a Eucaristia de despedida da imagem da Virgem Peregrina e será presidida pelo Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga. Recorde-se que a imagem desde o primeiro dia que entro no arquipélago, pela ilha de Santa Maria, foi sempre acompanhada pelos dois prelados.
Esta tarde antes de entrar na Sé a Imagem esteve no estabelecimento prisional de Angra e no Hospital. Despediu-se no Santuário da Conceição com uma Missa
D.António de Sousa Braga desafiou a Igreja açoriana a inspirar-se em Nossa Senhora e a ser “o verdadeiro corpo de Cristo”.
“A Igreja não é uma empresa ou uma organização que promova eventos. Mais do que uma estrutura ela vive um verdadeiro amor esponsal e, por isso, temos de pedir a Nossa Senhora que coloque Maria no centro da vida da igreja”, disse o Bispo de Angra.
Na homilia da missa do adeus à virgem no santuário mariano de Angra, o prelado diocesano referiu-se à misericórdia exortando os presentes a serem “misericordiosos como o pai”.
“Quanto mais difícil for a situação, quanto maior for o pecado e a tribulação mais precisamos de ser misericordiosos”, sobretudo, avançou D. António de Sousa Braga, “quando pensarmos que este ou aquele não merece a nossa misericórdia é ai que a devemos expressar em primeiro lugar”.
O Bispo de Angra voltou a sublinhar que a presença da Imagem Peregrina “foi um momento diocesano de graça” .