Bispo de Angra apela à capacidade de mudança e de regeneração dos homens

Na mensagem de Ano Novo, D. António de Sousa Braga lembra que é preciso um novo compromisso para mudar de caminho e sair dos problemas que as sociedades enfrentam. Fraternidade é a palavra de ordem.

O Bispo de Angra na mensagem de Ano Novo, a partir da liturgia do primeiro dia do ano- Dia Mundial da Paz-, diz que o “mundo não está num beco sem saída” e que é possível “uma vida nova no novo ano”.

“Como os Magos, depois de adorar o Menino, queremos voltar por outro caminho, mudando de mentalidade, na maneira de ser e de agir, o que implica generosidade de comportamentos e sobriedade de vida, fazendo prevalecer, acima de todos os interesses particulares, a busca do bem comum”, disse o Prelado diocesano.

Para D. António de Sousa Braga é, por isso necessário, que o ser humano se consiga “regenerar” porque as “éticas contemporâneas se mostram incapazes de produzir autênticos vínculos de fraternidade, porque uma fraternidade privada da referência a um Pai comum, como seu fundamento último, não consegue subsistir”.

“Apesar de tudo o que acontece na nossa vida e à nossa volta, acreditamos na possibilidade de regeneração do ser humano, redimido por Cristo. Por isso enfrentamos a vida e a história com esperança, que não é ingenuidade de quem não vê os problemas, mas realismo de quem acredita que é possível mudar”, prossegue o Bispo de Angra.

Seguindo na mesma linha da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz – “Fraternidade, Fundamento e Caminho para a Paz”- o responsável máximo da igreja católica nos Açores lembra que a fraternidade humana é o “único” alicerce e caminho da construção e vivência da paz.

E exorta os cristãos a serem os primeiros a darem o exemplo, através das palavras e dos atos.

“Ano Novo, vida nova! Não são votos de circunstância. Isso é um compromisso. Efetivamente, haverá vida nova no novo ano, na medida em que houver mudança de vida, que no Evangelho tem o nome de conversão”, acrescenta D. António de Sousa Braga.

“Como os pastores, sejamos mensageiros do Salvador, que nos foi dado, como Príncipe da Paz e da reconciliação universal. Ele veio, não para deitar remendos novos em panos velhos, mas para restaurar todas as coisas: vinho novo em odres novos. Ele é que torna possível uma mudança estrutural da convivência em sociedade, radicada na conversão do coração humano”, conclui o Prelado Diocesano.

O Bispo de Angra celebra o dia Mundial da Paz, que liturgicamente assinala a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, na Igreja da Misericórdia, na Praia da Vitória, na ilha Terceira, onde se comemora a Festa do Padroeiro, representado pelo grande Crucifixo do Senhor Santo Cristo.

Scroll to Top