Prelado já está em Santa Maria para acolher Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima
O Bispo de Angra quer uma igreja nos Açores que seja “mais maternal”, “menos empresarial” e que se inspire no modelo de Nossa Senhora.
Na homília da missa de Ano Novo, celebrada na Matriz de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, D. António de Sousa Braga pediu a todos os agentes diocesanos de pastoral, incluindo os sacerdotes, que se inspirem no modelo de Nossa Senhora e sejam testemunhas do amor de Deus.
“É nossa senhora que nos faz ter uma visão da igreja para além de uma empresa” disse o prelado criticando a “tentação que temos de reduzir a igreja a uma empresa que promove iniciativas, que faz coisas”.
“A igreja é mãe e Nossa Senhora é quem nos diz isso. A igreja mais do que uma empresa, uma estrutura, deve e tem de ser vista como o mistério da maternidade e do amor esponsal da maternidade”, sublinhou D. António de Sousa Braga.
“Quando a igreja é vista como masculina e institucional não é igreja de cristo e nós pastores temos de ser capazes de exercer o nosso magistério não como empresários mas como testemunhas e mensageiros”, precisou ainda o Bispo de Angra.
Referindo-se à mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, que se celebrou no primeiro dia do ano, o responsável máximo da igreja açoriana lembrou que a antítese da paz não é só a guerra, mas sim a indiferença.
“Vencê-la é um desafio que se coloca a todos os cristãos sobretudo neste ano santo da misericórdia”, disse o Bispo de Angra.
“Cada pessoa deve pensar menos em si própria e mais nos outros; só assim seremos misericordiosos como o pai” disse ainda afirmando que “a misericórdia não é uma fraqueza”.
“Misericordioso é aquele que é forte, solidário com o outro; aquele que se faz próximo e que se compadece com o outro e a misericórdia tem que ser praticada não com os que estão longe mas com quem está próximo”, concluiu.
O Bispo de Angra está em Santa maria para receber a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima no próximo dia 7 de janeiro.