Igreja de São Roque fechada por precaução devido a derrocada no adro

Danos no muro do adro do templo em São Miguel são grandes

A Igreja de São Roque, em Ponta Delgada, nos Açores, foi encerrada por uma questão de precaução depois de uma derrocada ter afetado parte do adro do templo, construído sobre uma falésia, disse hoje o pároco.

O padre Hélder Cosme explicou à Lusa que “a fachada e o interior do templo não sofreram danos, mas uma parte do muro lateral direito do adro ruiu, levando parte do pavimento”.

Por isso, até os técnicos avaliarem o risco de novas derrocadas, em função do agravamento das condições meteorológicas previstas para quinta e sexta-feira, o adro fica interditado e a utilização da igreja parada por precaução.

Uma nota do Governo Regional, na sequência de uma visita a São Roque efetuada hoje pelo secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Fausto Brito e Abreu, adianta que se registou durante a noite “uma derrocada provocada pela intempérie numa extensão de cerca de dez metros, que afetou parte do adro da igreja”.

Fausto Brito e Abreu adiantou que “a Autoridade Marítima e a Proteção Civil já interditaram parte do adro da igreja, um património importante da ilha que deve ser preservado”.

De acordo com o pároco, o templo deverá receber serviços litúrgicos no sábado e no domingo, mas, caso as autoridades decidam encerrar a igreja, “serão encontradas, na freguesia, outras soluções alternativas para os atos religiosos”, salientando que “o mais importante é salvaguardar a segurança das pessoas e do templo”.

A igreja de São Roque, que apresenta características do Barroco, inclui uma torre sineira e capela anexa, do Santíssimo, enquanto no altar-mor, com retábulo em madeira, está a imagem do padroeiro, São Roque, um santo da Igreja Católica.

As ilhas dos grupos oriental (ilhas de Santa Maria e de São Miguel) e central (São Jorge, Faial, Terceira, Graciosa e Pico) estiveram na segunda-feira sob aviso vermelho, o mais grave numa escala de quatro, devido às condições atmosféricas adversas.

O mau tempo provocou um morto e a Proteção Civil regional contabilizou 157 incidentes, tendo as operações de socorro envolvido 440 operacionais e 109 viaturas.

Escolas, tribunais e serviços municipais fecharam e mais de 1.600 passageiros ficaram em terra devido ao cancelamento de dezenas de voos.

Já na terça-feira, os dois grupos de ilhas estiveram sob aviso amarelo devido à chuva, trovoada e vento.

CR/Lusa

 

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