O Lajido Reserva 2004 que vai servir nas missas das paróquias açorianas tem marca registada e vai ser lançado no dia 3 de janeiro na Adega Vitivinícola do Pico.
A partir do próximo dia 3 de janeiro o vinho utilizado na celebração eucarística nas igrejas açorianas terá a marca Açores e é produzido no Pico pela Adega Vitivinícola com o rótulo Lajido Reserva 2004- Vinho de Missa.
Trata-se de um lote de 3000 garrafas de Lajido especialmente aprovado pelo Bispo de Angra, de acordo com o que está previsto no Direito Canónico, por se tratar de um vinho “quase puro”, sem aditivos ou outras misturas, a não ser uma percentagem “mínima” de aguardente.
“Como este lote de vinho Lajido reunia todas as condições para poder vir a ser consagrado na Eucaristia e, atendendo ao facto de se tratar de um vinho açoriano, a Diocese optou por um produto regional em vez de estar a importar vinho de missa do continente”, disse ao Portal da Diocese o ecónomo Pe Adriano Borges.
O Lajido é um vinho Licoroso de qualidade, produzido a partir da vinha que constitui a Paisagem Protegida do Pico, declarada Património da Humanidade pela UNESCO, e é um descendente direto do famoso “Verdelho” que levou o nome da Ilha do Pico às mais requintadas mesas da América e da Europa, até à corte dos Czares da Rússia.
Pôs-se o nome de Lajido, justamente a evocar o manto ardido de basalto que foi em todos os tempos o verdadeiro Solar do Velho “Verdelho”.
Com propriedades singulares, muito apreciado quer como aperitivo quer como digestivo, é um vinho “delicadamente perfumado e muito fresco”.
Este vinho Lajido Reserva 2004 reúne “as cepas de Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez do Pico que são plantadas, há mais de quatro séculos, nas encostas da rocha basáltica e abrigadas da salsugem do mar pelos muros dos currais”, como se pode ler no rótulo.
A diocese comprou o lote das três mil garrafas que irá colocar em todas as paróquias da região, que habitualmente consomem por ano entre 1200 a 1500 garrafas de vinho de missa.
Apesar de ser “um pouco mais caro” do que o vinho que tem sido utilizado até hoje, “tem maior qualidade e a sua certificação de acordo com as regras estipuladas é muito mais credível”, acrescentou ao Portal da Diocese Adriano Borges.
Este vinho vai ser agora disponibilizado a todas as paróquias e colocado à venda naqueles que são os revendedores habituais, nomeadamente a livraria da Diocese, por forma a que “quem quiser comprar este vinho o possa fazer”, disse ainda o ecónomo.
“Para a Diocese é um orgulho utilizar vinho regional e, sobretudo, sentimos que estamos a contribuir para divulgar e escoar um produto açoriano de qualidade e simultaneamente contribuímos para o desenvolvimento da economia regional”, conclui Adriano Borges.
Esta produção é limitada, mas a Diocese admite manter a parceria certificando um novo lote no futuro que pode ser do Pico ou de outra região vitivinícola dos Açores que reúna as condições de produção do vinho, de acordo com o que é definido canonicamente.