D. António de Sousa Braga presidiu à solenidade do Cristo Rei na Sé
Nenhum cristão pode fugir à verdade do amor, “a única lei que nos foi deixada” por Jesus, disse este domingo o Bispo de Angra durante a Missa dominical a que presidiu na Sé de Angra, na ilha Terceira, para assinalar a solenidade do Cristo Rei.
“Se cumprirmos a única lei que Deus nos deixou que é amarmo-nos uns aos outros como ele nos amou, até dando a vida, tudo será melhor” disse D. António de Sousa Braga.
E “o Amor que Jesus nos ensina- prossegue o prelado- é o amor entre um homem e uma mulher” por isso, “não faz sentido falar de casais homossexuais” porque “dois do mesmo sexo não são um casal”.
“Não é nenhum avanço na civilização humana reconhecer casais homossexuais, como aconteceu há pouco no Parlamento Nacional e muito menos custear o aborto, que elimina um ser humano indefeso”, diz ainda o Bispo de Angra, lembrando que o caminho da civilização “é outro”.
Esse caminho, acrescenta, “deve contar com a complementaridade do homem e da mulher, tal como apregoa e defende a Igreja Católica, que, por isso mesmo, é hoje, uma grande força da unificação da humanidade, sinal do Reino de Deus em construção no mundo”.
O prelado diocesano partiu da liturgia, procurando caracterizar o poder de dois homens- Pilatos e Jesus- que se manifesta perante um drama da humanidade que procura a verdade.
No 34º Domingo do Tempo Comum, a igreja celebra a Solenidade de Jesus Cristo, como “Rei e Senhor do Universo”.
Por isso, a Palavra de Deus que é proposta neste último domingo do ano litúrgico , antes do começo do Advento, “convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus, e de que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus”, disse o Bispo de Angra, recordando que o Evangelho deste domingo apresenta “Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pilatos”. No entanto, a cena revela que a realeza reivindicada por Jesus “não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra”, disse D. António de Sousa Braga.
A missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade, da alegria, da vida, da esperança e do amor”, disse o prelado.
“Buscar a verdade”; “ocupar-se dos doentes” ou levar uma palavra de esperança a quem mais precisa “é uma das prioridades” dos cristãos, disse ainda, pois “só nos relacionamos autenticamente com Jesus quando o fizermos caridosamente com os outros”.
Por isso, o Bispo de Angra insistiu nesse pedido aos cristãos de serem “Misericordiosos como o Pai”.
Esta foi a última celebração dominical em que D. António de Sousa Braga assume sozinho a diocese. A partir do próximo domingo, começo do Advento, o responsável pela diocese de Angra contará com a presença de um bispo coadjutor. D. João Lavrador será apresentado aos Açores pelo Bispo de Angra numa missa dominical, às 18h00, na Sé.
(Notícia atualizada hoje ás 16h00)