Pe Ricardo Henriques preside a Eucaristia na Catedral de Angra, no dia que encerra a Semana dos Seminários
Centrando atenções nos recentes atentados de Paris, que vitimaram mais de 130 pessoas e fizeram centenas de feridos e neste domingo em que se encerra a Semana dos Seminários, o Vice Reitor do Seminário Episcopal de Angra disse que é necessário que os cristãos “vejam e construam a vida para além do presentismo imediato”.
O Pe Ricardo Henriques, que presidiu à eucaristia dominical na Sé de Angra, condenou os atentados de Paris lembrando que eles são o reflexo de um “mundo velho de injustiça e de morte”.
“A violência que bem presenciamos no coração da Europa, as diversas formas de carestia no mundo são sinal de um mundo pagão e esse mundo acabará e tudo será transformado em Cristo. O Senhor pede-nos empenho e alegria para semearmos a esperança e a caridade”, disse o sacerdote.
A partir da liturgia, o Pe Ricardo Henriques alertou contra os “falsos profetas” que falam do fim do mundo e contra o “fatalismo”, pedindo aos cristãos que “redescubram Deus no caminho da vida”, apesar “das provações por que têm de passar” porque no final, depois das dificuldades “os dominadores deste mundo cairão porque são insignificantes”.
“Hoje perante as idolatrias e as estrelas que a nossa cultura cria e nos oferece, cada um é convidado a colocar-se no caminho do Senhor, para que o futuro seja melhor” disse o sacerdote lembrando que o “futuro não está fechado e não podemos ver a vida através do presentismo imediato” que faz com “o futuro e a tradição se possam perder”.
Neste apelo, e porque neste domingo se encerra a Semana dos Seminários, o Vice Reitor do Seminário de Angra convidou as famílias e as comunidades cristãs a refletirem sobre “o que são capazes de fazer também pelo Seminário”.
“A Semana dos Seminários que hoje termina é uma ocasião para pedirmos a luz da fé para o nosso Seminário e que o Senhor nos envie seminaristas”, disse o Pe Ricardo Henriques destacando que a maioria dos alunos é de São Miguel- 11- e os restantes três das ilhas Terceira, Faial e Flores.
Por isso, deixou algumas questões para reflexão.
“Como está o Senhor nas nossas famílias, como é apreciado o sacerdote. Será um mero funcionário ou um discípulo de Deus. Que dinamismo têm as nossas comunidades na comunicação da fè”, foram algumas das questões deixadas pelo Vice Reitor do Seminário.
Os Seminaristas estão distribuídos hoje por três ilhas e em São Miguel, estão presentes nos Ginetes, nas Capelas, na Ribeira Grande e na Maia.