A «gravidade da situação» tem de ser enfrentada sem «alarmismos»
O cardeal-patriarca de Lisboa referiu hoje à Agência ECCLESIA o “ineditismo” dos atentados que ocorreram esta sexta-feira, em Paris, por atingirem o “coração cultural da Europa contemporânea”.
“Isto tem algum ineditismo. Não é a primeira vez que acontecem tragédias destas, com Nova Iorque e todas as que se seguiram, mas agora no coração cultural da Europa contemporânea em que vivemos”, referiu D. Manuel Clemente.
Para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), os atentados na cidade de Paris atingem a sociedade europeia de “uma maneira particular e intensa”.
D.Manuel Clemente lembrou os portugueses e lusodescendentes que vivem em França, referindo a “serenidade” necessária para enfrentar esta situação.
“Temos de ter serenidade, bem conscientes da gravidade da situação e fazendo tudo para, sem alarmismos exagerados nem precipitações de ação, enfrentarmos esta situação e a resolvermos o melhor possível como sociedade”, adiantou o cardeal-patriarca de Lisboa.
D. Manuel Clemente manifestou dor “por todas as pessoas que foram atingidas e pela tragédia que é não só para Paris”, mas de todos os cidadãos.
Para presidente da CEP “a democracia e a paz está sempre ligada à segurança” e “acontecimentos deste género são propícios a extremismos”.
Na noite de sexta-feira, a capital francesa foi alvo de atentados terroristas em diferentes locais, que provocaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses, e mais de 350 feridos.
CR/Ecclesia