Sector Oriental das ENS muda responsáveis

Equipas de Nossa Senhora, em São Miguel e Santa Maria, celebram 50 anos a “Viver a Missão com Alegria”

O Sector Açores Oriental da Equipas de Nossa Senhora (ENS), que integra as ilhas de São Miguel e de Santa Maria, iniciou este sábado à noite as atividades do novo ano pastoral, numa eucaristia na Igreja da Fajã de Cima, em Ponta Delgada, inspirados pelo tema de estudo, “Viver a Missão com Alegria”.

A uma semana da comemoração jubilar dos 50 anos de presença das ENS nestas duas ilhas do arquipélago, a coordenação do Sector Oriental passa a agora a ser assegurada pelo casal José António e Natália Reis, tendo como conselheiro espiritual o Pe Marco Bettencourt Gomes. O Sacerdote da Fajã de Cima, substitui assim o Pe Fernando Teixeira que foi “desde sempre” o conselheiro espiritual da equipa coordenador do Sector.

Na hora da passagem do testemunho, o novo casal garantiu que assumia esta “missão” com “alegria e entusiasmo”.

“Nós somos crianças no movimento, estamos a aprender a andar e Deus dá-nos a mão para não cairmos” disse José António Reis, pedindo a colaboração de todos os equipistas, nesta caminhada.

Já o Pe Marco Gomes, aproveitando o tema de estudo para este ano (preparado por uma Equipa da Supra Região Hispano-América em consonância com as orientações da Vida do Movimento) e o Evangelho deste domingo, disse que “à Igreja só faz falta que vem para servir” porque a “Igreja de Jesus é missão, é uma igreja que serve, que ama e que não procura privilégios”.

“Esta é a Igreja que Jesus nos propôs e que o Papa Francisco todos os dias procura fazer”. Por isso, acrescenta o sacerdote, “é tempo de todos revermos as nossas posições e vermos se estamos na Igreja mesmo para servir ou se através dela nos queremos servir”.

“Tal como os dois discípulos que queriam ter um lugar de destaque junto de Jesus, também nós somos assim… a igreja é, por vezes, assim”, mas “não pode ser”.

O sacerdote frisou ainda que “esta é a principal diferença” entre Jesus e os homens.

“Ele, como nós, experimentou todo o sofrimento, todas as privações, todo o amor, todo o banquete, a festa e a tristeza; a única coisa que ele não experimentou foi o pecado porque tendo possibilidade de o cometer deixou-se guiar pelo Espírito Santo”, disse o sacerdote lembrando que os homens também “têm essa liberdade”.

“Nós temos a liberdade de escolher entre o bem e o mal, entre ser egoísta ou servirmos. O problema é que nós usamos quase sempre a liberdade a nosso favor, de acordo com os nossos interesses tal como os dois discípulos que queriam ter privilégio”.

No próximo dia 25, este Sector das ENS no arquipélago assinala 50 anos de presença nos Açores. As comemorações, abertas a todos os casais, têm lugar no Cine Teatro Lagoense, na Lagoa, a partir das 14h30.

As Equipas de Nossa Senhora são um movimento de espiritualidade conjugal cujo objetivo é ajudar os casais a viver plenamente o seu sacramento do Matrimónio, anunciando ao mundo os valores do casamento cristão pela palavra e pelo testemunho de vida, desempenhando o papel de escola de formação para casais cristãos unidos pelo sacramento do Matrimónio.

Apesar de não ser um movimento mariano, as ENS recebem o nome de Maria, colocando-se sob sua proteção.

As equipas são constituídas por um número indicativo de 5 a 7 casais e um sacerdote, designado Conselheiro Espiritual. Reúnem-se mensalmente num encontro de oração, partilha e estudo de um tema de formação cristã, para se entreajudarem numa caminhada com Cristo.

 

O movimento das Equipas de Nossa Senhora está espalhado pelo mundo inteiro. Em Portugal o movimento existe há mais de 50 anos e encontra-se espalhado pelo continente, pelas ilhas (Madeira e Açores), África do Sul e África lusófona (Angola, Moçambique, Cabo Verde e S.Tomé e Príncipe). Em Janeiro de 2009 existiam 1.119 equipas totalizando 13.499 membros, 6.276 casais, 237 viúvos e 710 Conselheiros Espirituais.

As ENS chegaram à diocese de Angra há 50 anos primeiro a São Miguel onde existem nove Equipas e, embora tenham chegado um pouco mais tarde à ilha Terceira, é aí que o Movimento tem maior dinamismo com 23 equipas.

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