Igreja Católica dos Açores atenta às «famílias desestruturadas»

Bispo de Angra quer comunidades mais empenhadas na “promoção humana e social dos mais fracos e excluídos”

A Diocese de Angra quer fazer das famílias uma prioridade, durante o próximo ano pastoral, alertando para o facto delas constituirem hoje “uma das maiores periferias da sociedade”.

Em declarações ao Sítio Igreja Açores o bispo açoriano, D. António de Sousa Braga, recorda “sobretudo aquelas famílias que estão desestruturadas, que não sabem o que hão-de fazer com os filhos, que não têm projeto de vida e que estão em dificuldades”.

O novo ano pastoral na Diocese de Angra começou este domingo, com uma eucaristia presidida pelo prelado diocesano na Sé de Angra e terá como tema “Misericordiosos como o Pai”, numa alusão também ao Ano Jubilar da Misericórdia que a Igreja Católica vai promover em todo o mundo, a partir do próximo mês de dezembro.

Para D. António de Sousa Braga, este tempo deverá ser encarado como “uma oportunidade” para a Igreja Católica, e as comunidades açorianas em particular, se empenharem mais na “promoção humana e social dos mais fracos e excluídos”.

A partir de 29 de novembro, o Bispo de Angra vai passar a contar com um bispo coadjutor, D. João Lavrador, que até agora era bispo auxiliar na Diocese do Porto.

Recorde-se que o atual bispo titular de Angra apresentou a sua resignação ao Papa Francisco, que terá efeito quando completar 75 anos, em março de 2016.

Outro marco importante durante o próximo ano pastoral será a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima às comunidades açorianas, algo que já não acontece desde a década de 80 do último século.

No documento que traça as linhas mestras para 2015-2016, esta iniciativa é descrita como “um momento da missão evangelizadora na Igreja e da Igreja” que se espera possa “mobilizar” novamente todas as comunidades cristãs do arquipélago, com “especial empenho e motivação”. Esta peregrinação já foi anunciada como sendo também “um momento fundamental” para a integração do novo Bispo Coadjutor que a acompanhará do principio ao fim , segundo já avançou D. António de Sousa Braga.

Repetindo uma ideia transversal às orientações diocesanas de pastoral, o Bispo de Angra insistiu que Nossa Senhora “é a Porta da Misericórdia” neste ano jubilar e a presença da imagem na diocese durante a quaresma “é um momento especial de graça”.

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