195ª Assembleia Plenária da CEP conta com a presença de todos os bispos portugueses
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Manuel Clemente, disse hoje que as condições atuais da sociedade fazem da missão uma urgência evangélica em todos os campos socioculturais e geográficos.
Falando na abertura da 195.ª Assembleia Plenária da Conferência episcopal Portuguesa, que vai decorrer até quinta-feira, em Fátima, e na qual participa o bispo de Angra, D. João Lavrador, o cardeal patriarca salientou a necessidade das missões para “alcançar todas as periferias que precisam da luz do evangelho”.
“Nas zonas mais povoadas do nosso país habitam hoje populações das mais diversas origens e abrem-se espaços de autêntica ‘missio ad gentes’, a par de outros que requerem “nova evangelização” e persistência da ação pastoral própria das comunidades estabelecidas”, referiu Manuel Clemente.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa disse que os programas de cada diocese incluem “esta dimensão missionária”, já com objetivos concretos.
Nesse contexto, o cardeal patriarca apelou mais uma vez para que em todas as dioceses surjam Centros Missionários Diocesanos e Grupos Missionários Paroquiais, laboratórios missionários e células paroquiais de evangelização.
O objetivo, acrescentou, é que estes grupos em consonância com as Obras Missionárias Pontifícias e os centros de animação missionária dos Institutos Missionários “possam fazer com que a missão universal ganhe corpo em todos os âmbitos da pastoral e da vida cristã”.
Segundo Manuel Clemente, a projeção missionária das comunidades, “intercambiando o perto e o longe, é hoje a única possibilidade da respetiva manutenção e crescimento, como foi sempre a sua legitimação cristã propriamente dita”.
No discurso de abertura da Conferência Episcopal Portuguesa, o cardeal patriarca falou da necessidade de se criar um “diretório de pastoral juvenil em chave vocacional, que possa ajudar os responsáveis diocesanos e os operadores locais a qualificar a sua formação e ação com e pelos jovens”.
Manuel Clemente garantiu ainda o empenho da Igreja portuguesa em incrementar “uma cultura de prevenção e proteção de menores e vulneráveis em todas as nossas comunidades”.
Em setembro, no 9.º Simpósio do Clero, foi aprovado um documento sobre o “drama” dos abusos sexuais de menores por parte de elementos da Igreja, que foi enviado ao papa Francisco, em que os sacerdotes nacionais partilharam “o sofrimento do Santo Padre e de toda a Igreja” e se propuseram a “seguir as orientações para erradicar as causas desta chaga”.
A assembleia plenária da conferência episcopal que hoje se inicia vai aprovar um documento sobre o casamento e o acompanhamento das famílias e outro sobre os 175 anos do Apostolado da Oração em Portugal.
(Com Lusa)