Iniciativa juntou catequistas de toda a ilha de São Miguel
200 catequistas participaram nas iniciativas do Dia do Catequista, organizadas pela delegação do Serviço Diocesano para a Evangelização, Catequese e Missões e a Ouvidoria da Vila Franca.
Esta iniciativa, que se realizou em Vila Franca do Campo, inserida na festa de Nossa Senhora da Paz, teve por princípio orientador a recém publicada Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa intitulada A Catequese: a alegria do encontro com Jesus Cristo.
Este documento pretende responder aos desafios lançados pelo Papa Francisco, na última visita ad limina, sobre a problemática da “debandada” da Igreja após a celebração dos sacramentos, por parte de um número significativo de pessoas, sobretudo jovens, avança uma nota enviada pelo delegado do Serviço Diocesano em São Miguel, Pe Hélio Soares.
“Nos últimos anos o Secretariado Nacional da Educação Cristã tem desenvolvido diversos projetos para a renovação da catequese da infância e da adolescência, que visam uma maior envolvência das famílias” sublinha o sacerdote destacando a importância, “para uma maior vivência e anúncio da fé” de projetos como a ‘Catequese familiar’ e ‘Escola paroquial de pais’. Por outro lado, acrescenta, “está em curso uma revisão profunda na catequese com os adolescentes”.
“A realidade sociológica da nossa Diocese e da nossa ilha, em concreto, tem-se modificado profundamente nos últimos anos. A partir deste facto podemos depreender que a vivência do religioso e a consequente transmissão da fé ocorre com maior dificuldade” afirma o Pe. Hélio Soares.
“Sabemos que a sociedade está a mudar rapidamente, mas também verificamos que a Igreja tem dificuldade em dar respostas imediatas. Contudo, não podemos ficar acomodados e resignados” acrescenta o sacerdote.
“A catequese é um dos pilares para a educação da fé, por isso são precisos bons catequista” diz, por outro lado.
O sacerdote recorda o que é ser catequista – amar mais a Cristo e ao Povo de Deus; é uma vocação de serviço na Igreja, em que anunciamos uma mensagem que não é nossa- e reconhece que “não é fácil”.
No entanto destaca que para se transmitir a fé e dialogar com a sociedade atual “é necessário, antes de tudo, estarmos familiarizados com Jesus Cristo, imitá-lo e ir ao encontro do outro”.
O Dia do Catequista – 2017 foi dividido em três oficinas de trabalhos, com as seguintes temáticas: A catequese Familiar; Como evangelizar pela liturgia e património religioso e As novas famílias. Estas oficinas foram orientadas por especialistas em cada uma destas áreas. Pretendeu-se mais do que formar intensivamente, sensibilizar os catequistas presentes para novos métodos de fazer catequese e procurar alertar para problemas sociais nos quais os catequizandos vivem e crescem, para os quais a catequese não tem respostas objectivas, mas tem de conviver e apoias as crianças e jovens.