O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) afirma na Mensagem para o 1º de Maio de 2021 que é necessário lutar contra uma “corrente sectária que diminui a primazia do trabalho” e garantir o respeito pelos direitos dos trabalhadores.
Para o MMTC o desrespeito pelos direitos dos trabalhadores “tem importantes repercursões no seio das famílias, onde o desemprego e a precariedade provocam isolamento e tensões intrafamiliares, violência e problemas de saúde e educação”.
Na Mensagem para o 1º de Maio, o MMTC refere que são indicadores do desrespeito pelos direitos dos trabalhadores o aumento do número de desempregados, os despedimentos e a falência de pequenas e médias empresas, a “precariedade do emprego”, a “perda de benefícios sociais”, a “falta de habitação digna” e a “desigualdades no trato de homens e mulheres”.
O MMTC considera que a sociedade “tende a considerar o trabalhador como uma engrenagem”, o “modelo económico preocupa-se mais pela sua economia do que pelo ser humano” e que as “empresas multinacionais continuam a enriquecer na sua maioria com lucros colossais”.
Para o MMTC, a celebração do Dia Internacional dos Trabalhadores é um “convite a manter e prosseguir a luta por uma sociedade mais justa, mais fraterna e sustentável”.
“O Primeiro de Maio não é só uma manifestação de um dia, mas consiste numa chamada de atenção para uma luta diária. E para nós, os cristãos, é uma luta centrada no ser humano, em nome de Cristo, com o Espírio Santo”, lembra a mensagem.
Na mensagem, o MMTC lamenta do facto da celebração do 1º de Maio acontecer “de baixo do jugo desta pandemia”, que impede as manifestações no Dia do Trabalhador.
“Não estamos só a lutar contra um vírus destrutivo a nível mundial, mas também contra uma corrente sectária que diminui a primazia do trabalho”, refere o comunicado.
A Mensagem do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos para o Dia Internacional do Trabalhador foi escrita pelo Movimento Operário/MTC da Ilha de Reunião, onde a a taxa de desemprego é de 21%.
O Dia Internacional dos Trabalhadores assina-se a 1 de maio evocando a greve iniciada nesse dia em 1886 para lutar por melhores condições de trabalhão, nomeadamente a redução da jornada de trabalho.
Desde 1955, a Igreja Católica celebra a 1 de maio a festa litúrgica de São José Operário, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador.
São José foi desde cedo apresentado pela Igreja Católica como símbolo e exemplo de pai e de trabalhador, tendo sido declarado patrono da Igreja universal em 1870, por Pio IX.
A celebração litúrgica de São José operário foi instituída no dia 1 de maio de 1955, pelo Papa Pio XII, diante de milhares de trabalhadores italianos, onde afirmou: “Longe de despertar discórdia, ódios e violência, o 1º de Maio é e será um recorrente convite à sociedade moderna a realizar aquilo que ainda falta à paz social”.
(Com Ecclesia)