O Objetivo passa por coordenar de forma integrada todas as ações de luta contra a pobreza envolvendo instituições ligadas à Igreja.
O Serviço Diocesano para a Pastoral Social e Mobilidade Humana vai desenvolver um Observatório Social “para efetivar um diagnóstico permanente da realidade social açoriana” e formular um Plano Articulado de Combate à Pobreza/Exclusão Social, que “sustente e promova um trabalho sistémico/em rede, entre diferentes entidades ligadas à intervenção social”.
O objetivo é desenvolver uma ação conjunta que envolva as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS´s) de inspiração cristã no sentido de uma maior articulação no combate à pobreza, apurou o Portal da Diocese junto dos responsáveis do Serviço Diocesano da Pastoral Social, que reuniram no final da semana passada com dirigentes das IPSS´s de São Miguel.
No encontro, que decorreu no Convento da Esperança em Ponta Delgada e no qual estiveram presentes representantes de Centros Sociais e Paroquiais, Cáritas, Santas Casas da Misericórdia e Conferência de São Vicente de Paulo e que contou com a presença do Bispo de Angra, todos foram unânimes na necessidade dessa “ação conjunta”, com vista “à rentabilização de recursos na prevenção e combate à pobreza e à exclusão social”, numa linha de “maior solidariedade e desenvolvimento integrado de cada individuo/comunidade, num processo que se pretende cooperado, de forma ativa/participada, com a nova política e organização da ação social na Região”.
O novo Código de ação Social prevê novos critérios para atribuição de apoios financeiros às IPSS´s e a definição desse valor padrão pode traduzir-se numa perda de financiamentos.
O novo modelo, segundo o Governo Regional dos Açores, passa a ter por base os serviços prestados em número de vagas que o executivo contratualiza com cada uma das IPSS. Assim, IPSS´s com as mesmas características, com a mesma prestação de serviço e o “mesmo rácio trabalhador/utente” passam a receber o mesmo valor padrão, independentemente da ilha onde prestam o serviço ou da qualidade com que o fazem.
O executivo regional entende que o novo modelo prevê um “ajuste” máximo de 10% nos valores que as IPSS recebiam até aqui e “apenas” 25% das instituições passarão a receber menos dinheiro.