11 casais açorianos participam no Encontro Internacional das Equipas de Nossa Senhora em Fátima

24 anos depois encontro mundial regressa a Fátima

Começou em Fátima  o Encontro mundial do movimento das Equipas de Nossa Senhora, com cerca de 8300 participantes provenientes de 75 países. Entre os participantes estão 11 casais açorianos e o conselheiro da equipa de sector Açores Centro.

O encontro começou com uma celebração na Basílica da Santíssima Trindade, onde os equipistas durante uma semana vão refletir sobre o casamento e a família como um projecto “que vale a pena”

Fundado pelo padre Henri Caffarel, cujo processo de beatificação está a correr em Roma, o projeto das Equipas de Nossa Senhora é um movimento de espiritualidade conjugal para “ajudar os casais a caminhar na santidade”.

Está atualmente presente em 92 países dos vários continentes, integrando um total de 135 mil membros.

De acordo com João Pedro Sousa,do casal responsável pela comunicação deste evento, em Fátima estão presentes casais dos pontos “mais incríveis que se possa imaginar”.

Desde “a Síria ao Burkina Faso, passando pelo Panamá e o Paraguai”, entre outras nações menos habituadas a acorrer ao nosso país.

Não se trata de mostrar apenas “a internacionalização do movimento”, mas contribuir também para uma reflexão cuidada sobre os desafios atuais das famílias.

Para isso estarão presentes “conferencistas de diferentes países”, realça João Pedro Sousa, que destaca também a presença de um convidado especial: o padre português José Tolentino Mendonça, futuro arcebispo, arquivista e bibliotecário da Santa Sé.

Ele fará a “reflexão diária dos versículos” da passagem do Evangelho que orientará o encontro de Fátima, sobre a parábola do Filho Pródigo.

Na base deste encontro internacional das ENS estará o tema da reconciliação enquanto “sinal do amor” que deve reger sempre todas as famílias.

Para Dora Isabel Rosa, do casal responsável pela comunicação do Encontro mundial a principal mais-valia das ENS é precisamente dar a oportunidade dos casais, em grupo e de forma regular, “partilharem os momentos que foram mais importantes, mais difíceis, as alegrias, as tristezas, as dificuldades”, e contar com “a ajuda dos outros casais”.

“Há uma palavra muito importante nas ENS que é a entre-ajuda, e de facto existe muito essa entre-ajuda, e à medida que caminhamos no tempo ela é cada vez mais natural e melhor entre os casais. E isso dá-nos uma grande segurança e serenidade”, completa aquela responsável.

Entre os conferencistas, para além de casais e conselheiros espirituais das ENS, vão estar no Encontro Internacional o cardeal D. Ricardo Blázquez Perez, presidente da Conferência Episcopal de Espanha, e o cardeal Peter Turkson, presidente do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral.

Realce ainda para a participação do cardeal D. Sérgio Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros, de D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e de D. Georges Casmoussa, do Iraque.

As conferências do Encontro Internacional das Equipa de Nossa Senhora decorrem na Basílica da Santíssima Trindade e os encontros por grupos na mesma basílica, no Centro Pastoral Paulo VI, num dos Parques e nos Valinhos.

Três dos 11 casais açorianos vão ser “casais de casa” orientando e organizando logisticamente a estadia e o acompanhamento dos casais em cada uma das residências onde irão pernoitar.

Dos 11 casais oito são da ilha Terceira, onde o movimento tem 21 equipas e três de São Miguel, onde existem nove equipas. O único sacerdote que estará presente é o Cónego Gregório Rocha que é o conselheiro da equipa responsável pelo sector Açores Centro.

É a primeira vez que o sacerdote participa num encontro mundial e por isso as expectativas “são grandes”.

“Espero conhecer um pouco mais da dinâmica internacional deste movimento e a partir desse conhecimento ser capaz de trazer o entusiasmo e algo de proveitoso para os que cá ficam e não podem ir a Fátima” referiu em declarações ao Igreja Açores.

“Conhecemos o carisma do Movimento mas ao partilharmos experiências  e conhecendo outras realidades podemos trazer algo de novo pois julgo que através deste movimento podemos de facto chegar às famílias”, referiu ainda o sacerdote que acompanha a equipa do sector.

Também o casal responsável pela Região Açores, Mário Jorge e Ana Cabral, têm a expectativa “em alta”. Já estiveram em Brasília e Roma e consideram que esta “é uma experiência muito importante para crescerem dentro do Movimento”.

“O nosso carisma é o mesmo mas através de contactos com outras realidades podemos ganhar outro ânimo” referiram em conversa com o Igreja Açores.

“À medida que vamos conhecendo o Movimento e a sua dinâmica ficamos cada vez mais entusiasmados” acrescentou ainda Mário Cabral.

(Com Ecclesia)

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