Assistente espiritual nacional esteve em São Miguel para reuniões com os núcleos que existem em Santa Cruz da Lagoa, Porto Formoso e Maia.
O Assistente Espiritual Nacional do Movimento de Encontros de Jovens Shalom (MEJSh), Pe. Vítor Lopes e a coordenadora do movimento nos Açores, Mara Rocha, visitaram a ilha de São Miguel, durante este fim de semana, com o intuito de conhecer melhor a realidade pastoral local e dar a conhecer o MEJSh.
O movimento acolhe neste momento 100 jovens, na maior ilha do arquipélago, entre os que se encontram em preparação para o Crisma(70) e os que estão a caminhar para o Encontro Inicial que é um dos momentos altos de integração e de compromisso dentro da comunidade Shalom.
Este Encontro Inicial, em São Miguel, está previsto para os dias 5,6 e 7 de Dezembro e “será o culminar de um processo que passa por várias etapas”, disse ao Portal da Diocese o Pe Vitor Lopes, esta segunda-feira.
Apesar de já existir na ilha Terceira há alguns anos, em São Miguel o MEJSh chegou apenas há oito meses, embora o responsável pelo movimento faça uma avaliação “muito positiva” da caminhada que os jovens e os animadores conseguiram fazer neste espaço de tempo.
“Queria de facto ver se o nosso processo estava a dar frutos e se era adequado à realidade destes jovens e não poderia partir mais satisfeito pois as coisas avançaram mais do que eu contava”, frisou ainda o assistente espiritual do MEJSh.
O movimento está presente nas Paróquias de Santa Cruz de Lagoa, Porto Formoso e Maia e conta neste momento com 30 jovens a prepararem-se para o Encontro Inicial.
“Para nós a resposta ao processo é muito importante porque o nosso objetivo é estarmos sempre integrados numa determinada realidade e apesar de haver uma matriz, a verdade é que procuramos sempre avaliar se ela está a dar frutos e se é adequada a cada uma das realidades especificas e , neste caso, parece-nos que está a dar esses frutos”, conclui o sacerdote.
Durante o processo de formação até ao Encontro Inicial, há algumas etapas que os jovens do MEJSh têm de percorrer, depois de formados os vários grupos que são orientados por animadores, com reuniões semanais.
A primeira etapa é formar amizade e laços de união; a segunda prende-se com a noção de grupo e de pertença a esse grupo (um grupo cristão) com responsabilidades e compromissos específicos; a terceira etapa é a criação da perceção de pertença a uma realidade onde o grupo está inserido e a quarta etapa tem a ver com uma avaliação do percurso e a abertura de perspetivas para o futuro.
Trata-se da etapa intitulada “relações humanas”, cuja formação é assegurada “em regra” por leigos e na qual os jovens de São Miguel também vão participar no próximo mês de outubro.
“Só então marcamos o Encontro inicial”, disse ao Portal da Diocese o PeVitor Lopes, que em São Miguel acontecerá na primeira semana de Dezembro.
“Trata-se de um fim de semana, de grande intensidade e experiência comunitária de fé, com debate de vários temas desde a visão cristã do mundo, Cristo nosso irmão, a vivência em igreja e a aplicação do Evangelho na vida quotidiana”, sublinha o Pe Vitor Lopes.
A última parte destes Encontros destina-se a debater as questões do namoro e da sexualidade à luz da doutrina da Igreja e a importância da oração e dos sacramentos. Habitualmente os Encontros terminam com uma celebração Eucarística comunitária.
O MEJSh foi fundado em Angola pelo padre terceirense Luís Carlos, na década de 60, mas o reconhecimento do grupo como sociedade de vida apostólica só viria a acontecer mais tarde, com a criação da Comunidade Shalom.
Em Portugal, esta comunidade surge em 91 com o objetivo de proporcionar a partilha de experiências de vida pelos jovens, quer do ponto de vista profissional quer do ponto de vista pessoal.
Depois de África, do Brasil e de Portugal, hoje as comunidades Shalom estão presentes em vários países europeus.