“É uma oportunidade” para experimentar “a misericórdia divina”, diz Bispo de Angra
A visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima ao arquipélago, que se inicia no próximo dia 7 na ilha de Santa Maria, “é uma oportunidade para vivermos todos um momento de Graça e experimentarmos a misericórdia de Deus”, disse ao Sítio Igreja Açores o Bispo de Angra.
“Trata-se de um momento que me interpela muito como sempre nos deve interpelar a presença de Nossa Senhora na nossa vida pessoal e na vida das nossas comunidades”, acrescentou D. António de Sousa Braga.
A Imagem chega aos Açores no dia 7 e a primeira ilha que visita é justamente a de Santa Maria, a primeira ilha do arquipélago a ser descoberta e também aquela que é consagrada à Virgem, onde existe aquela que se julga ser a segunda Igreja construída e dedicada a Nossa Senhora de Fátima depois da Capela das Aparições em Fátima.
“Naturalmente que a escolha desta porta de entrada no arquipélago é simbólica e traduz um pedido que eu fiz não só por ser a minha ilha de nascimento, mas pelo facto de ser uma ilha que está inteiramente dedicada a Nossa Senhora”, sublinhou o Bispo de Angra, que juntamente com o seu coadjutor irá receber a Imagem que chega aos Açores às 18h00 do dia 7 de janeiro.
Do aeroporto, a Imagem segue em cortejo para o Largo de Santo Antão de onde sairá uma procissão de velas, às 19h00, até à Igreja Matriz de Vila do Porto, onde a Imagem permanecerá até dia 9. Esta celebração será animada por todos os grupos corais da ilha. Durante a permanência da Imagem da Matriz de Vila do Porto, a Igreja só encerrará à meia noite sendo cada hora animada pelos diferentes grupos eclesiais.
No dia 8, a Igreja abrirá às 8h00 da manhã e às 10 celebra-se uma eucaristia com as crianças das escolas da ilha. Entre as 11h00 e as 12h30 haverá uma celebração comunitária do perdão e às 15h00 Missa dos idosos e doentes, animada pelo Coro dos Idosos.
No sábado, dia 9, depois de um momento para confissões individuais, o Largo de Nossa Senhora da Conceição será o palco para uma missa campal. Às 12h30, a Imagem partirá para o aeroporto de onde seguirá para São Miguel.
“Não escolhi esta data por coincidir com o fim do meu episcopado mas vejo-a agora como um final muito feliz” adianta D. António de Sousa Braga lembrando que também é “interessante que coincida com o inicio do episcopado do meu sucessor cuja ligação à mensagem de Fátima é grande”.
Dom João Lavrador foi capelão do Carmelo de Coimbra onde residia a Irmã Lucia e por isso “tem uma forte familiaridade com a mensagem de Nossa Senhora”, destaca ainda o prelado.
Aliás “todos a temos porque a Imagem de Nossa Senhora de Fátima interpela-nos muito” e “não nos desvia de Cristo”, por isso “é que digo que se trata da verdadeira porta da Misericórdia”.
“Abramos o nosso coração à alegria do perdão, conscientes da esperança segura, que faz da nossa existência humana um instrumento humilde do amor de Deus”, apelou.
A Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou o arquipélago nas décadas de 40 e de 80 e foi um momento de grande celebração.
“Vamos repetir esse entusiasmo e aproveitar para viver esta manifestação e nos aproximarmos de Deus e do seu perdão”, conclui D. António de Sousa Braga.
A Imagem depois de sair de Santa Maria prosseguirá o seu périplo pela ilha de São Miguel, visitando as oito ouvidorias até ao dia 31 de janeiro. Depois segue para as ilhas do Grupo Ocidental, Flores e Corvo. Nas suas deslocações será sempre acompanhada do Bispo Coadjutor, D. João Lavrador.